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O Sr. Deputado Joaquim Matias está a abanar com a cabeça, mas essa, digamos, tem sido a questão que os técnicos ferroviários me têm posto.

O Sr. Joaquim Matias (PCP): - Mas existiu o ramal do Seixal, que tinha mais ou menos o traçado do metro!

O Orador: - Depois, se entender, poderei dar-lhe mais explicações sobre esta matéria.
Sr. Deputado Paulo Neves, de facto, existe o investimento na linha do Algarve de cerca de 8,5 milhões de contos. Ou seja, no PIDDAC estarão inscritos 2,15 milhões de contos, no entanto, o investimento é de 8,5 de contos. Digamos que, numa primeira fase, este investimento tem a ver, por um lado, com o itinerário dos graneis, que é comum à linha do Algarve, com a electrificação e os sistemas de sinalização deste troço, mas que, no fundo, não terá grandes intervenções de modernização e de alteração de traçados, e, por outro, com toda a questão dos projectos para fazer a ligação de Fogueteiro/Pinhal Novo, que, no fundo, são os estudos e as expropriações neste troço para permitirem, depois, fazer a ligação à linha do Algarve.
O Sr. Deputado Carvalho Martins pôs a questão da linha do Minho. É evidente que, no PIDDAC, para a linha do Minho, estão cerca de 430 000 contos; no entanto, gostaria de dizer que para esta linha, neste momento, existe, de facto, um conjunto de projectos, além de Nine, que está decidido, na medida em que para os suburbanos até Braga há um plano de intervenção integrado, se quisermos, no Grande Porto, na área Norte. Existem, porém, dúvidas, a partir de Nine, relativamente à função que esta linha deve ter.
Neste momento, já foi lançado um estudo de viabilidade, um estudo de mercado, no sentido de ver também quais são as características desta linha, isto é, se esta linha deve ter fundamentalmente um tráfego de passageiros e, supletivamente, um tráfego de mercadorias, na medida em que, com o auto-estrada que está ao lado, como sabe, esta linha perdeu muita competitividade e muito tráfego. Sabemos que, normalmente, dependendo da topografia, mas, para ganhar um minuto em caminho de ferro, gasta-se entre 0,5 e 1 milhão de contos e, portanto, neste momento, o que está a ser feito, conjuntamente com a Galiza, é o estudo de viabilidade e o estudo para ver qual é a vocação desta linha.
No entanto, não se deixa de fazer já pequenas intervenções, ao nível de eliminação de pontos de estrangulamento, que, seja qual for o destino da linha, têm de ser feitas. E estes 430 000 contos, de facto, têm previsto o investimento em Valença.
O Sr. Deputado Fernando Pedro Moutinho pôs-me um conjunto de questões. No que se refere ao metro a sul do Tejo penso que já lhe respondi, aquando da resposta ao Sr. Deputado Joaquim Matias.
Agora, para metros ligeiros, que foi outra questão que me colocou, existe no PIDDAC uma verba de 225 000 contos. Como sabe, existem, neste momento, cerca de 14 projectos de metros ligeiros no nosso país e, digamos, este dinheiro destina-se fundamentalmente a apoiar os municípios para a realização dos estudos de viabilidade.
Está também previsto que uma parte deste dinheiro seja para aprofundar o estudo de viabilidade do metro do Mondego. Está no articulado do Orçamento.
Gostaria de dizer que no que diz respeito às interfaces, temos previstas, só na Área Metropolitana de Lisboa, a construção de cerca de 20 interfaces nos próximos dois anos, ou seja, em 1999 e 2000, agregando a si cerca de 15 000 a 20 000 lugares de estacionamento.
Na medida em que o caminho de ferro está inserido, em muitos casos, num tecido urbano já consolidado, sei que existem algumas dificuldades em arranjar terrenos para criar as interfaces em condições, no entanto, está a fazer-se esse esforço. Sabemos que a estação da Póvoa, por exemplo, tem dificuldades e esses estudos estão a ser feitos em toda a linha da Azambuja, para melhoria das interfaces. Digo-lhe que não é um problema fácil de resolver, na medida em que, inserindo-se o caminho de ferro numa zona já consolidada, torna-se extremamente difícil disponibilizar terrenos que permitam alguma intervenção.
No que diz respeito à Gare do Oriente, é evidente que ela teve um papel extremamente importante e virá a tê-lo; no entanto, neste momento, já começa a ter, sob o ponto de vista de transferências ferroviárias da linha da Azambuja para o metro, um papel relevante. Já são à volta de 3000 ou 4000 passageiros/dia que fazem esta transferência, o que já é significativo. Agora, não posso forçar a procura, porque ela existe ou não existe e não vale a pena forçá-la. Julgo que, naturalmente, a Gare do Oriente irá gerar mais procura; aliás, estão a ser analisadas algumas medidas para rebater alguns dos transportes rodoviários que já estão a ir para lá. No entanto, neste momento, não posso arranjar procura, posso potenciar a sua utilização com procura, mas não posso forçá-la.
Relativamente ao actual aeroporto e ao novo aeroporto, penso que a questão que me colocou é se vai haver investimentos no actual aeroporto.

O Sr. Fernando Pedro Moutinho (PSD): - E qual a decisão que vai ser tomada!

O Orador: - Sim, Sr. Deputado.
O que o Governo sempre disse foi que, relativamente às opções Ota e Rio Frio, também internalizou, desde sempre, a possibilidade de utilização, até ao limite, do actual aeroporto. E, depois, essa será uma questão que entra…

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): - A decisão pode ser tomada independentemente…

O Orador: - O que me foi perguntado foi se eu internalizaria, nas opções em jogo, a expansão do aeroporto actual e o que estou a dizer é que, naturalmente, vai ser internalizado, no âmbito das opções, a expansão do actual aeroporto.

O Sr. Falcão e Cunha (PSD): - Sr. Secretário de Estado, dá-me licença que o interrompa?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Falcão e Cunha (PSD): - Sr. Secretário de Estado, exactamente sobre esse ponto…

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado, peço desculpa…

O Sr. Falcão e Cunha (PSD): - Sr.ª Presidente, pedi ao Sr. Secretário de Estado se me deixava interrompê-lo e ele deixou.