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acompanhamento existentes que duplicariam também os custos de funcionamento. Haverá, pois, uma preocupação muito grande, da nossa parte, em fazer coincidir, com a máquina já existente, as unidades de gestão, tendo em conta eventuais excepções, onde tal não seja possível.
O plano de desenvolvimento sustentável da floresta é um documento de grande qualidade, que contém um conjunto de grandes orientações que estamos a seguir nos diversos instrumentos de política florestal, sobre o qual o Sr. Secretário de Estado, se entender útil, poderá prestar algum esclarecimento adicional.
Por fim, quanto à questão da pesca costeira, gostaria de dizer ao Sr. Deputado que, apesar de não ser a nossa única aposta, é uma fortíssima aposta visto que estamos a querer melhorar o nosso litoral. E estamos a fazê-lo melhorando a investigação, implantando recifes artificiais, procurando desenvolver aquilo que podemos gerir por nós próprios, já que, fora das nossas águas, o quadro é de progressiva penúria de recursos, sendo muito difícil prospectivar o futuro com segurança.
Assim, sendo de desprezar essa vertente da nossa frota, é natural que nos concentremos naquilo em que temos melhor capacidade de gerir e que, ainda por cima, é aquilo que tem um maior impacto social, já que a esmagadora maioria da nossa frota e a esmagadora maioria dos impactos sociais têm a ver com este tipo de actividade. Mas, naturalmente, não esgotamos aqui as nossas prioridades.
Era isto que tinha para dizer aos Srs. Deputados em resposta às questões que colocaram.

Entretanto, assumiu a presidência, a Sr.ª Presidente Manuela Ferreira Leite.

A Sr.ª Presidente: - Srs. Deputados, penso que estamos todos com a consciência de que não temos mais do que meia hora para terminar o debate. Como o Sr. Ministro já longamente respondeu a todas as bancadas, gostaria de pedir aos Srs. Deputados que fossem muito breves e de pedir também ao Sr. Ministro a capacidade de síntese, tanto quanto possível, na resposta.
Tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados: Gostaria de apresentar o meu protesto - naturalmente que não dirigido à Mesa - pela falta de tempo para a discussão destas questões e para o debate na especialidade. Estamos colocados permanentemente perante uma ofensiva da crise da política, da actividade dos políticos, do desligamento dos Deputados aos eleitos, e tudo isto vai justificar grandes alterações eleitorais.
Pergunto: não seria mais fácil e barato dar-se mais tempo para a discussão na especialidade das questões concretas dos eleitores?
É que ao reduzir os tempos da discussão na especialidade, e sobretudo das questões concretas - a que aliás, infelizmente, muitas vezes, o Governo não responde -, estamos, certamente, a coarctar essa possibilidade de abordagem no concreto dos problemas das pessoas.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado, deixe-me interrompê-lo só para lhe dizer que, pela parte que me toca, tenho o fim-de-semana todo livre.

O Orador: - A discussão, na especialidade, do orçamento deste Ministério teve direito a cerca de uma hora e meia. Que os nossos colegas do complexo político ou mediático, ou mediático ou político liguem pouco a isto, embora depois sejam muito críticos na abordagem da actividade dos Deputados, é com eles, mas penso que, do ponto de vista da Assembleia, o tratamento destas questões devia ter o tempo que fosse necessário.
Sr. Ministro, gostaria de começar por abordar um problema concreto relacionado com os apoios às indemnizações por calamidade e intempéries. Porque razão não está o IFADAP a fazer o pagamento das bonificações correspondentes à linha de crédito, lançada para os acidentes climatéricos entre 1997 e 1998, obrigando a que algumas instituições bancárias - refiro, por exemplo, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo - vão às contas dos agricultores buscar-lhe o dinheiro das bonificações que, aparentemente, o IFADAP não está a pagar?
Gostaria ainda de saber se o Sr. Ministro vai ou não responder a um requerimento que lhe dirigi sobre as ajudas pagas no ano de 1999 relativamente a estes prejuízos?
No Orçamento do Estado estão previstas medidas, aparentemente financeiras, para responder ao problema da seca. Pergunto: estão ou não previstas outras medidas, concretamente no que diz respeito a alterações relativas às taxas admissíveis do set a side, a possíveis alterações de culturas ao nível de terrenos habitualmente utilizados para o cultivo do arroz, etc.?
Gostaria, ainda, de questioná-lo sobre o que é que está previsto relativamente ao problema concreto e bem difícil da batata transmontana e da Beira Interior. O Sr. Ministro falou na intervenção da fiscalização económica, pelo que lhe pergunto quando é que passamos a fiscalizar devidamente a importação de batata de Espanha, porque é uma evidência que aquela batata só pode chegar ao nosso país, ao preço a que chega, com apoios ou do Estado espanhol ou das províncias de Espanha.
Assim, pergunto: para quando outra política relativamente à batata, sabendo que, na União Europeia, há produtores de batata - concretamente aqueles que a produzem para fécula - que continuam a ser apoiados?
Num dos programas do PIDDAC está previsto um projecto para ocorrer a dificuldades de tesouraria das ganadarias de touros de lide. Gostaria de saber se existe algum projecto de apoio às dificuldades de tesouraria das cooperativas agrícolas portuguesas.
O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas deu também uma contribuição preciosa para que o chamado PIDDAC Regional fosse cumprido à meta distrital imposta pelo Sr. Primeiro-Ministro, isto é, que nenhum distrito recebesse menos este ano do que tinha recebido no governo anterior.
Gostaria de saber, quanto ao distrito de Braga, a que correspondem os 410 000 contos de outras infra-estruturas físicas no distrito, se a verba de 355 000 contos para projectos de organização e divulgação corresponde ao pagamento pelo INGA das sessões de divulgação para as organizações de agricultores.
Já agora, gostava de saber por que razão em todo o PIDDAC regionalizado, distrito por distrito, não constam verbas para o seguro de colheitas afectas ao distrito de Braga, quando, por exemplo, no caso do distrito de Vila Real, estão previstos 314 000 contos. Por que razão, repito, não estão previstas verbas para o seguro de colheitas