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INIA e pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia, entre a Universidade de Évora e o INIA - e foi resolvida pela investigação e pelo trabalho prático no terreno, sem o qual teríamos tido uma catástrofe ecológica sem precedentes.
Face a estes exemplos, dizer que a ciência se está a desumanizar e a afastar das necessidades da sociedade parece-me difícil.
Mas gostaria de assegurar ao Deputado Rosado Fernandes que, certamente, estarei muito atento à proximidade da investigação relativamente às necessidades, sem esquecer que, em muitos casos, a ciência responde a necessidades que não se conhecem e que têm de ser antecipadas. Uma dessas necessidades é também o conhecimento e não só aquela necessidade prática que reconhecemos.
Passando agora às questões levantadas pelo Sr. Deputado Manuel Oliveira, o Sr. Deputado confrontou o Programa do Governo com as Grandes Opções do Plano, o que agradeço.
O que o Sr. Deputado diz a respeito dos postos públicos a nível das freguesias é verdade. Aquilo que, entretanto, foi feito desde o Programa do Governo foi a expansão da existência de postos públicos de acesso à Internet em cerca de duas ou três centenas de estações do correio em Portugal - um dado novo, que aproxima mais a Internet dos cidadãos. Procuraremos encontrar uma capilaridade maior, havendo na Iniciativa Internet vários mecanismos públicos e privados nesta matéria, desde a criação de um regime especial para cibercafés, até à generalização, através das estações de correios, às próprias juntas de freguesia, que, nalguns casos, mas não em todos, podem constituir postos públicos de acesso à Internet.
Não vale a pena sermos dogmáticos nesta matéria. Os modelos serão, com certeza, muito variados, consoante as situações. Aquilo de que se estava a falar ao princípio, que são espaços digitais públicos, têm mais do que isto. Não são simples postos onde uma pessoa pode consultar o correio electrónico, mas sítios onde há um rede local, onde existem monitores, onde existe a possibilidade de formação e auto-formação e onde existe acesso guiado à informação. Ora, durante o ano 2001, a capilaridade que queremos atingir é a dos municípios que o quiserem, como é evidente. Portanto, os nossos interlocutores serão os municípios, mas estamos disponíveis para fazer o investimento em pessoal e em equipamento nessa matéria. Pediremos aos municípios que façam um investimento adequado em espaços, que disponibilizem os espaços e assegurem modelos de sustentabilidade futura destes mesmos espaços.
De qualquer modo, iremos lançá-los no quadro do programa das cidades e regiões digitais, já este ano, programa que estará aberto a todos os municípios portugueses para o próximo ano. Não será um concurso, mas uma oferta, por isso, se as condições estiverem reunidas, será feito em cada um deles.
No que diz respeito ao princípio do guichet único, ele estava no Programa do Governo, foi retomado e reafirmado, não só no Quadro Comunitário de Apoio como objectivo, como também na Iniciativa Internet. Portanto, neste momento, obriga o Governo, e estamos a trabalhar nesse sentido, o que exige vários espaços a montante como deve calcular. Exige a digitalização dos registos das conservatórias, não exige apenas colocar os dados em rede mas, sim, a digitalização das bases de dados dos próprios registos, trabalho que está a ser programado em vários ministérios, designadamente no Ministério da Justiça.

O Sr. Manuel Oliveira (PSD): - Será concluído nos próximos quatro anos?

O Orador: - Sr. Deputado, sei que é muito difícil antecipar dificuldades, mas não é antecipando dificuldades que se realizam as coisas.
Devo dizer que quando foi escrito o que consta no Programa do Governo e quando houve ocasião de rever essa programação no que diz respeito à resolução Internet, fiz uma avaliação da situação, tendo a noção de que os objectivos que estão na Iiniciativa Internet são muito ambiciosos, tendo a noção de que são um risco político para o Governo, mas tendo também a noção de que é da ambição do Governo que se mede a sua capacidade de influenciar a sociedade e de criar, designadamente ao sector privado e à sociedade, uma linha de rumo clara e um ambiente de estabilidade para o investimento.
Julgo que esta é a função do Estado, nesta matéria. Neste momento, aliás, face aos dados que existem, parece-me que é possível. Exigirá muito trabalho, mas é possível!
O Sr. Deputado faz-me também a pergunta sobre os parques de ciência e tecnologia. Quero dizer-lhe que o Taguspark está em desenvolvimento e funcionamento normais. O Ministério da Ciência e da Tecnologia acompanha o seu conselho técnico-científico, que coordena a entrada de novas empresas. Quanto ao Parque de Ciência e Tecnologia do Porto, que, na minha opinião, foi mal concebido desde o início, numa estrutura tripolar, extraordinariamente difícil, afastado dos sítios onde estão as indústrias, portanto reuniram-se todas as condições para falhar, todas as condições para falhar. Parecia que se estava a fugir das empresas que se queria servir. De qualquer forma, aceitei essa herança como uma herança da qual não me queixo e que procurei realizar.
A realização, relativamente às Taipas, está feita e está completa no que diz respeito às infra-estruturas. Neste momento já foi entregue à associação de municípios a comercialização dos espaços e a entrada das empresas, como passo fundamental. Não vou meter nem mais um tostão naquele parque enquanto lá não estiverem instaladas empresas, porque devem ser elas a definir as necessidades de natureza tecnológica, pois não se fazem parques tecnológicos em abstracto.
No que diz respeito às obras da Feira, elas estão praticamente concluídas e dizem-me que estarão concluídas até ao final deste ano.
Quanto ao terreno da Maia, devo dizer que ele está em reserva, e, neste momento, é o maior terreno possível em reserva para a instalação de indústrias de alta tecnologia de que o País precisa e para cuja instalação também precisa de terrenos. Não vou fazer qualquer investimento de infra-estruturação nesse terreno enquanto não houver um mínimo de diálogo com as empresas, porque as infra-estruturas serão muito diferentes de empresa para empresa e de tipo de indústria para tipo de indústria. Também devo repetir, com toda a clareza, que não aceitarei que o parque de ciência e tecnologia, o pólo da Maia, seja alienado para outros fins que não o desenvolvimento científico e tecnológico da Região Norte.