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O Orador: - … "(…) numa questão decisiva ter optado por convidar a entidade que considerámos mais competente e que é internacionalmente reconhecida - é uma empresa americana, cujo nome lhe posso dizer depois - para fazer uma avaliação confirmada pelo ICP (…)". O que o Sr. Primeiro-Ministro disse foi que tinha feito uma avaliação confirmada pelo ICP. Fez crer o Sr. Primeiro-Ministro que o valor dos 20 milhões de contos tinha sido precedido de uma avaliação, feita por esta empresa e confirmada pelo ICP. Mas, afinal, o que se vê é que o relatório não aponta, em lado algum, para os 20 milhões de contos, como em lado algum aponta para a questão do concurso sem leilão.
Portanto, Sr. Ministro, estas foram as palavras do Sr. Primeiro-Ministro. E, a este respeito, deixe-me dizer-lhe apenas uma coisa…

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado, peço-lhe desculpa, mas já esgotou os 3 minutos e não vou deixar reabrir a discussão. Se quer algum esclarecimento específico sobre a intervenção de há pouco, já lhe dei a palavra para esse efeito. Agora, não é possível, a esta hora, reabrirmos novamente a discussão. É impossível!

O Orador: - Sr.ª Presidente, deixe-me colocar uma última questão…

A Sr.ª Presidente: - Não, Sr. Deputado…

O Orador: - É só uma frase, para terminar, que é esta: o Sr. Ministro disse que toda a gente com quem fala está de acordo com o sistema do Governo, que nós é que estamos contra. Ora, digo-lhe, Sr. Ministro: estranho seria que todo o sector das telecomunicações, que é o beneficiário deste sistema que os senhores arranjaram, estivesse contra! Ganham todos, todos são beneficiados com a sua opção! O único prejudicado é o povo, e esse, coitado, não fala, não tem voz e é por isso que o Sr. Ministro não o ouve.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Vozes do PS: - Não diga asneiras!

A Sr.ª Presidente: - Dou, agora, a palavra aos Srs. Membros do Governo, para responderem, tão concisamente quanto possível, às questões formuladas.
Tem a palavra, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro de Estado e do Equipamento Social: - Vou tentar, Sr.ª Presidente, apesar de, com este desafio final, não ser fácil.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Ministro, peço-lhe desculpa, mas não posso reabrir o debate…

O Orador: - Mas a Sr.ª Presidente acabou de deixar o Sr. Deputado Castro de Almeida fazer uma intervenção nova sobre um tema que já estava ultrapassado!

A Sr.ª Presidente: - Tem toda a razão, Sr. Ministro. Faça favor.

O Orador: - Mas vou deixar para o fim, para ver se me esqueço desta "embalagem" e se não vou por aí.
Porém, percebo que o Sr. Deputado tenha necessidade de o ter feito, porque, agora, veio dizer exactamente o contrário do que tinha dito há pouco, como já lhe vou lembrar, o que, aliás, tem feito todas as semanas, desde o início do processo. O Sr. Deputado, desde que isto começou, já mudou de posição cerca de sete vezes.
Ora bem, à Sr.ª Deputada Zelinda Marouço Semedo, que colocou a questão da rede de alta velocidade, gostaria de dizer o seguinte: relativamente a esta questão, como é óbvio, os trabalhos estão em curso, os estudos estão a ser feitos, mas a concretização de tudo o que há a fazer é feita a partir de agora, da constituição da empresa, aproveitando já os estudos que estão a ser feitos. Porém, os dois governos, o português e o espanhol, em conjunto, têm de trabalhar para, a nível do agrupamento económico que está em constituição, poderem, em conjunto, recorrer aos fundos comunitários para concretizar este projecto.
Este projecto tem duas fases, a ligação entre Lisboa e Porto e a sua ligação a Madrid - entre Lisboa e Porto, na base de 1 hora e 30 minutos, e a ligação de Lisboa-Porto/Madrid, num tempo de aproximadamente 3 horas. Portanto, para o desenvolvimento do País, tem de ser ter em conta os traçados, tendo em vista este objectivo. E há, não em alta velocidade mas em grande velocidade, a ligação do Porto à Corunha e a ligação de Lisboa à península de Setúbal. Estas são as duas fases subsequentes deste mesmo projecto.
Os estudos estão em curso, trata-se de um projecto de mais de 500 milhões de contos, para o qual têm de concorrer dinheiros públicos, dinheiros privados, fundos comunitários, enfim, tudo o que é necessário para desenvolver este projecto.
Quanto às ligações a Espanha, não estão determinados os sítios por onde vão passar mas, como é óbvio, têm de passar por um local de onde as distâncias de Lisboa e Porto a Madrid sejam as mesmas e levem sensivelmente o mesmo tempo. Neste momento, tudo o que tem vindo a lume nos jornais, dizendo-se que passa por aqui ou passa por acolá, são questões colocadas para provocar alguma confusão, mas sem outro tipo de veracidade.
Como é evidente, consideramos este projecto fundamental, associado ao projecto do aeroporto internacional de Lisboa, que tem de estar concluído sensivelmente na mesma data para poder ter sentido serem feitos os dois em conjunto.
A algumas das questões colocadas pelos Srs. Deputados, depois, os Srs. Secretários de Estado responderão, se a Sr.ª Presidente assim o autorizar.
Sr.ª Deputada Maria Ofélia Moleiro, foi pena não ter estado no jantar para o qual fui convidado pelo Núcleo Empresarial de Leiria e em que estiveram presentes vários outros Srs. Deputados, presidentes de câmara e muitas pessoas, para verificar que tudo aquilo que eu lá disse é o que está a ser feito. Tinha todo o gosto em tê-la lá encontrado. É que, como é evidente, as pessoas que lá estavam presentes não iam aceitar que eu fosse para lá dizer coisas que as pessoas não vêem com os próprios olhos a ser concretizadas.
Disse-me que não se vê obra alguma no distrito de Leiria. Não acredito que a Sr.ª Deputado não veja, porque as obras estão a ser feitas, estão em curso, no terreno. Portanto, não acredito que não veja.