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perceber que são precisamente jovens menores, devendo o nosso esforço ser centrado na sua integração social.
Portanto, vamos colaborar com esse programa e vamos continuar os instrumentos que já este ano tínhamos a esse nível, nomeadamente o programa Clube Bus, de que o Sr. Deputado já ouviu falar na Comissão de Juventude e Desporto. Este programa tem a ver, mais uma vez, com uma forma inovadora e criativa de dotar os meios socialmente mais complicados de espaços de sociabilidade junto dos jovens de modo a que tenham outras oportunidades e perspectivas no seu quotidiano, permitindo-lhes, efectivamente, uma plena inserção na sociedade portuguesa.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, uma das medidas que V. Ex.ª já apresentou e de que falámos no debate na generalidade foi a da revisão do financiamento das federações desportivas, tendo sido apresentado o Plano Estratégico de Desenvolvimento para o Desporto em 2001.
Uma das questões que gostava de colocar e de tentar perceber mais aprofundadamente prende-se com os critérios que vão estar por trás da revisão do modelo de financiamento das federações desportivas.
Como o Sr. Ministro sabe, neste momento, uma das maiores preocupações de muitas federações tem a ver com o facto de pensarem que as verbas destinadas ao desporto em Portugal são canalizadas para a realização de grandes eventos, por exemplo, o Euro 2004, esquecendo-se uma prática importantíssima para o desporto e para todos os portugueses, que passa, muitas vezes, pelo desporto federado e pelos apoios que as federações concedem ao desenvolvimento do desporto.
Por isso mesmo, é fundamental que esta Câmara perceba que critérios vão estar por trás da revisão do financiamento das federações desportivas - aliás, trata-se de um tema que preocupa muito várias federações, pelo que, este ano, exactamente nesta sede, fazia sentido que o Sr. Ministro se pronunciasse sobre isso.
Sr. Ministro, há um aspecto que tem sido muito falado, embora V. Ex.ª, em resposta a uma pergunta similar, tenha referido que se trata de uma questão que não tem grande importância e que vai ser resolvida no futuro. Confesso que considero que é em sede de debate orçamental, na especialidade, que a Câmara e, penso, até o País, têm de perceber algo essencial acerca das verbas que vão para o Euro 2004.
A primeira questão que quero focar relaciona-se com os centros de estágio que têm de ser criados ou, muitos deles, recuperados ou remodelados para dar apoio a um conjunto de selecções no Euro 2004.
Gostava de perceber, porque da leitura do Orçamento do Estado isso não é simples nem fácil, que critérios vão ordenar o financiamento destes centros de estágio, isto é, se o financiamento destes centros de estágio vai partir do financiamento estatal de 25% ou de outro financiamento. Para além disso, gostaria de saber que espécie de apoios e verbas vão ser dirigidas para a construção dos centros de estágio.
Por outro lado, no que se refere às infra-estruturas dos estádios, quer aos parques de estacionamento, quer aos acessos interiores dos estádios incluídos no projecto do Euro 2004, gostaria de saber, uma vez que o Sr. Ministro, há pouco, não foi muito claro e me parece importante clarificar este ponto, se essas verbas partem do financiamento estatal dos 25% ou se são outro estilo de verbas.
Portanto, considero muito importante percebermos de onde vêm ao certo as verbas previstas para a construção dos parques de estacionamento e dos acessos interiores do estádios - não dos acessos exteriores -, porque me parece indispensável que esse financiamento seja clarificado de uma vez por todas.
Um terceiro ponto que me parece muito importante, constante das Grandes Opções do Plano, é sobre uma nova parceria - aliás, o Sr. Ministro já anunciou que, no primeiro semestre do próximo ano, vai apresentar um estudo mais fundamentado sobre esta matéria. Trata-se, pois, de uma nova parceria que tem de ser feita no sector da educação e das autarquias locais com vista a uma melhor gestão dos equipamentos desportivos, dizendo-se que é preciso definir os critérios de apoio no âmbito do QCA III.
Uma das coisas que me parece muito importante na definição dos critérios de apoio é percebermos se as verbas do QCA III vão ser destinadas apenas à gestão e utilização desses equipamentos desportivos ou se um dos critérios vai ser o da canalização das mesmas, por exemplo, para a construção de pavilhões desportivos nas escolas, assim fomentando o desporto escolar, nomeadamente através de intercâmbios com as autarquias locais e até com a sociedade civil.
Uma quarta questão, também muito breve, é a de que uma das áreas que é muito falada, e bem, no que respeita à medicina desportiva, é, por um lado, a questão dos controlos de doping, o que me parece importante, e, por outro, a questão do controlo que é feito relativamente às condições de saúde dos praticantes dos vários desportos - aliás, a este respeito, já dirigi um requerimento à então Secretaria de Estado do Desporto, agora Ministério da Juventude e do Desporto.
É que uma das alterações que o Ministério da Saúde fez quanto a esta área foi entender que os exames médicos a que são submetidos os praticantes de desporto têm de ser feitos por médicos especializados em medicina desportiva.
Ora, sendo certo que, em Portugal, existem menos de 60 médicos com esta especialidade e havendo cerca de 300 000 praticantes de desporto no nosso país, pergunto como é possível que os referidos 60 médicos possam fazer relatórios médicos sobre tão elevado número de atletas.
De facto, é um problema complicado, já que os centros de medicina desportiva de cada uma das áreas em que o País está dividido não conseguem responder às necessidades, pelo que têm de recorrer aos serviços dos referidos médicos especializados em medicina desportiva, sendo certo, repito, que não creio que os cerca de 60 profissionais existentes em Portugal possam atender um universo superior a 300 000 atletas.

A Sr.ª Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Juventude e do Desporto.

O Sr. Ministro da Juventude e do Desporto: - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Mota Soares, a primeira questão que colocou teve a ver com os critérios de atribuição de verbas ao movimento associativo, tendo o Sr. Deputado transmitido a ideia de que uma parte muito