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do Plano Regional", mas há muito mais acção em Trás-os-Montes do que esta, que é aquela que deriva daquilo que já seria feito sem plano. Mais transparência é difícil, Sr. Deputado, mas, se quiser colocar alguma outra questão, não hesite em continuar a fazê-lo, porque nós teremos todo o prazer em responder-lhe.
O Sr. Deputado Agostinho Lopes colocou um conjunto de questões, algumas das quais de grande pertinência, de facto, mas não nesta sede, nomeadamente a última. O Sr. Deputado, aliás, referiu, várias vezes, a actuação de vários organismos, o que demonstra que a questão está a ser acompanhada. Mas permitir-me-á que, aqui, me concentre nas questões orçamentais que colocou, sendo que uma é particularmente importante.
Quero dizer-lhe, Sr. Deputado, que não se deixe levar pelo discurso dos inimigos da segurança social pública. Não é verdade - sublinho, não é verdade - que os custos com pessoal da segurança social estejam a crescer, fora do normal. E vou dar-lhe um número.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): - Não é com o pessoal, é com as chefias!

O Orador: - Sr. Deputado, ouvi-o atentamente; agora, deixe-me acabar.
O Sr. Deputado sabe que, no Orçamento do Estado para 2002, o peso das despesas com pessoal e das despesas de administração, no total das despesas da segurança social, vai diminuir. O Sr. Deputado sabe que as despesas de funcionamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade vão diminuir em 2%. Mas deixe-me dizer-lhe - e refiro-o, para que não se faça confusão e se diga que "tudo bem, para o ano diminuem, mas este ano subiram" - que até Setembro deste ano, comparando com o mês homólogo do ano anterior, as despesas com pessoal subiram 6,4%, na segurança social e cerca de 10% - não tenho aqui o número exacto -, no conjunto da Administração Pública.
As despesas com pessoal da segurança social estão a crescer mais devagar do que o conjunto das despesas com pessoal da Administração Pública. Quem está a pretender usar esse argumento - e sei que não é essa a posição do Sr. Deputado…

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): - Mas não é essa a pergunta!

O Orador: - A pergunta que me fez, Sr. Deputado, foi como é que estavam a crescer as despesas com pessoal.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): - Custos das chefias e não do geral!

O Orador: - O Sr. Deputado fez-me uma pergunta, que foi a dos custos com pessoal. Sr. Deputado, as despesas com pessoal, entre Janeiro e Setembro, subiram, no continente, 6,4%, quando no conjunto da Administração Pública subiram cerca de 10%.
Trata-se de um equívoco em que, julgo, quem defende a segurança social pública não se deve deixar cair. É que, de facto, é necessário que aumentem as despesas de funcionamento e as despesas de administração, porque há despesas que são virtuosas. E dou-lhe um exemplo, Sr. Deputado: as despesas, nesta rubrica, que é a dos "serviços de verificação de incapacidades", os que controlam as fraudes que o Sr. Deputado referiu, cresceram muito, cresceram 35%. É uma despesa de administração, mas é uma despesa de administração extremamente virtuosa, porque os 35% que crescemos nos serviços de verificação de incapacidades correspondem a fraude que existiria e deixou de existir.
O Sr. Deputado colocou outra questão que tem a ver com as fraudes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): - O Sr. Ministro não respondeu à questão que coloquei!

O Orador: - Sr. Deputado, não acredito na luta de classes nas fraudes, isto é, para mim, não há fraudes boas e fraudes más. Mas também lhe digo que o grupo dos sócios gerentes é um daqueles em que se verificou maior propensão ao uso fraudulento das baixas. E digo-lhe isto com esta posição de partida: nós estamos a procurar combater as fraudes onde quer que elas existam, sem escolher prestações, nem grupos, mas com uma lógica inteligente - e quando aqui digo "inteligente", refiro-me à inteligência do próprio sistema de detecção -, que é a de procurarmos perceber que clusters, que segmentos, são mais propensos. E reafirmo - e o Sr. Deputado tem razão - que o segmento dos sócios gerentes é um segmento em que se tem detectado, nas sucessivas acções de combate à fraude, que há uma propensão elevada à fraude, nomeadamente em matéria de subsídio de doença.
O Sr. Deputado colocou um outro conjunto de questões e relativamente a uma delas, sendo orçamental, o Sr. Deputado já conhece a resposta. Quanto ao problema do destacamento de professores para a CNASTI, como para todos os outros organismos, não somos a entidade própria a quem dirigir a questão. Devo, no entanto, dizer-lhe, Sr. Deputado, que julgo tratar-se de uma questão que é até partilhada pelos sindicatos dos professores, ou seja, a preocupação de que é fundamental os professores estarem ao serviço nas escolas. Devo ainda dizer-lhe que esta política de restrição dos destacamentos pode produzir efeitos perversos, que devem ser combatidos e que nos empenharemos em combater, mas é uma medida que me parece ser positiva na gestão global do assunto, que é o que tem a ver com os professores.
Agora - e o Sr. Secretário de Estado do Trabalho e Formação já tinha referido esse ponto e voltará a mencioná-lo -, nós estamos totalmente empenhados no combate ao trabalho infantil. E estamos totalmente empenhados em que as acções continuem e em que, no próximo ano, possamos saber que resultados produziram aquelas que já implementámos, ou seja, como é que, de 1997 para cá, as questões evoluíram.
Por último - e, depois, com a permissão da Sr.ª Presidente, pedia ao Sr. Secretário de Estado do Trabalho e Formação para complementar este ponto -, quero referir-me à sua questão sobre o encerramento de empresas.
Deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado, que estamos do lado dos preocupados, e não apenas dos preocupados passivamente, mas dos preocupados que procuram agir com vectores claros de actuação. A saber: em primeiro lugar, nunca permitir a ilegalidade e agir com todos os recursos ao nosso alcance para que não haja actuação ilegal, em particular no assunto do encerramento das empresas mas também em geral; em segundo lugar, nunca deixar que se gerem situações de desprotecção, sem resposta social.
Estamos a procurar, caso após caso, empresa após empresa, onde o problema se detecta, que haja uma resposta o