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57 | II Série GOPOE - Número: 008 | 17 de Novembro de 2007

durante mais uns anos, porque, de facto, trata-se de situações demasiadamente gritantes. Não se compreende, Sr.ª Ministra, porque é que não estão nas intervenções prioritárias da Parque Escolar, EPE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Educação.

A Sr.ª Ministra da Educação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Tiago, começo por agradecer os comentários que fez a este orçamento.
Não sei se o País que não existe é o meu ou se é o seu!? Ficamos no mundo da sua opinião! Tem, provavelmente, uma visão diferente.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Manifestamente!

A Sr.ª Ministra da Educação: — Cada um vê o que pode ou o que quer! Não é?! Gostava de lhe dizer que há vários aspectos da política educativa que este Governo leva a cabo que são diferentes da visão do Partido Comunista em relação à política educativa. Em matéria de enriquecimento curricular, tivemos várias vezes oportunidade de aqui falar sobre essa diferente visão. O Partido Comunista sugere que as actividades de enriquecimento curricular deviam ser o que sempre foram: uma escola a funcionar das 9 ás 13 horas»

Protestos do Deputado do PCP Miguel Tiago.

Peço desculpa! O senhor diz que as actividades de enriquecimento curricular já existiam curricularmente; no entanto, o que existia era uma escola a funcionar das 9 às 13 horas! Estamos conversados sobre isso.
Portanto, registo o apreço que o senhor tem e o que valoriza pelo facto de hoje termos quase 400 000 crianças a poderem beneficiar destas actividades, que não tinham antes, de uma escola a tempo inteiro, com refeição, com transporte, com actividade física e desportiva, com ensino precoce da língua, com ensino artístico.
O que é facto é que tínhamos uma escola a meio tempo e em dois anos construímos uma escola a tempo inteiro, em que as crianças passaram a ter acesso a actividades que nunca tiveram, repito, que nunca tiveram.
E o Sr. Deputado insiste em que estamos hoje a prejudicar estas crianças, porque tinham umas actividades curriculares muito enriquecidas e, hoje, perderam-nas. Lamento, mas não consigo ver aquilo que o senhor vê neste País. Não sei qual é real, mas não consigo ver esse «prejuízo» tão grande que causámos às nossas crianças!» Também lamento que o Sr. Deputado não consiga perceber que há uma diferença entre ligar uma escola à Internet e tratar de actualizar a largura de banda de acesso à Internet. As ligações à Internet, neste momento, podem ser feitas com diferentes possibilidades de largura de banda.

Protestos do Deputado do PCP Miguel Tiago.

Eu ouvi-o pacientemente, Sr. Deputado. Ouvi-o muito pacientemente. Tudo aquilo que teve para me dizer eu ouvi e, portanto, gostava que me ouvisse também.
Quando se diz que se actualiza a largura de banda de acesso à Internet de todas as escolas com mais de 100 alunos para determinado valor, não significa que se está a ligar, de novo, a última escola já ligada. Só se está a dizer uma coisa simples: a de que se actualiza a largura de banda de acesso à Internet, largura, essa, que era insuficiente para aquilo que são hoje as necessidades das escolas. Foi isso que anunciámos e é isso que estamos, neste momento, a fazer.
Também lamento que o senhor não distinga aquilo que é a ligação de uma escola à Internet a partir de um ponto, seja a biblioteca, seja a secretaria ou outro qualquer da escola, e a possibilidade de criar redes locais de acesso à Internet em toda a escola, em todas as salas de aulas. Foi isto que anunciámos. No início do Verão, quando apresentámos o Plano Tecnológico das Escolas, anunciámos duas coisas relacionadas com as ligações à Internet: uma, a actualização da largura de banda e, outra, a criação de redes locais de acesso à Internet em todos os pontos da escola.