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53 | II Série GOPOE - Número: 004 | 18 de Fevereiro de 2010

Para nós, é absolutamente importante que o Governo mantenha o esforço em desencadear os investimentos que tem desenvolvido ao longo dos últimos anos e aqueles que tem em projecto e em carteira para os próximos anos, até 2013. É importante, porque esses investimentos promovem a competitividade do nosso País e também a coesão social e a coesão territorial.
Importa igualmente chamar aqui ao nosso debate, para que se faça alguma justiça, a questão da aposta na ferrovia. Se houve um período de desinvestimento na ferrovia, esse período foi o final da década de 80 e princípio da década de 90, período de governação esse protagonizado pelo PSD. São bem conhecidos os casos de encerramento de linhas ferroviárias e os desinvestimentos em algumas linhas que deveriam ter avançado para construção e não avançaram. Mas se houve governo que investiu na ferrovia, esse foi o último governo.

O Sr. Heitor Sousa (BE): — Isso é um delírio! Está doente!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Recordo aos Srs. Deputados que está em curso um investimento de centenas de milhões de euros em bastantes linhas ferroviárias do nosso País.
Recordo os 160 milhões de euros que estão a ser investidos na Linha do Douro; recordo os 66 milhões de euros que estão a ser investidos na Linha do Minho; recordo os 250 milhões de euros que estão a ser investidos na Linha do Sul; como recordo os 303 milhões de euros que estão a ser investidos na Linha da Lousã.
É que, para mostrar paixão pela ferrovia, é preciso concretizar obra e julgo que, se alguém tem património histórico nesta matéria, esse alguém é o Partido Socialista, por aquilo que fez no último governo, rompendo com uma tendência negativa, protagonizada, no final da década de 80 e princípio da década de 90, pelos governos do PSD.
Mas recordo também aos mais cépticos em relação a esta realidade que foi o último governo que abriu o serviço ferroviário de passageiros na Linha de Leixões, encerrado desde 1966, como também abriu o serviço ferroviário de passageiros na Linha de Vendas Novas, que também estava encerrado. E quando todos acreditavam que, na sequência do encerramento das linhas ferroviárias do Corgo e do Tâmega, encerraria definitivamente o serviço ferroviário de passageiros, pois bem, estão a ser investidos 40 milhões de euros na modernização, na requalificação das linhas ferroviárias do Corgo e do Tâmega.
Penso que estamos a falar de exemplos concretos, bem conhecidos das populações, que melhoram bastante a sua qualidade de vida e que desmentem as acusações feitas.
Portanto, persiste a convicção de que, se alguém aposta na ferrovia, são os governos do Partido Socialista.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, queira terminar.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Termino já, Sr. Presidente.
Sr. Ministro, julgo que, futuramente, o PSD render-se-á à aposta que está a ser feita em toda a ferrovia, na ferrovia convencional e na alta velocidade e no metro.
Recordo que o Partido Socialista, quando liderava a Junta Metropolitana do Porto, apresentou o projecto do metro do Porto.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Termino rapidamente, Sr. Presidente.
Nessa altura o PSD dizia que o projecto do metro do Porto era uma megalomania dos socialistas e que não passava de um «metro de papel». Hoje, porém, já se disputa com o PS como o principal guardião e defensor do metro.
Julgo que, no futuro, o PSD fará justiça à aposta que este Governo está a desenvolver no campo da ferrovia.

Aplausos do PS.