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58 | II Série GOPOE - Número: 004 | 18 de Fevereiro de 2010

Aliás, fiz questão de salientar que o papel que o Ministério tem nesta matéria e aquilo que é o investimento que diz respeito ao Ministério e ao orçamento é mínimo relativamente àquilo que é o investimento que está previsto para outros projectos, e ainda bem que assim é.
Reafirmo, pois, que todo o investimento em relação à alta velocidade — o aeroporto é um investimento que se espera que seja praticamente todo privado — há uma componente pública que está publicitada e que é objecto de tratamento orçamental, mas, como sabem, também é um investimento que apela a outras fontes de financiamento que não, necessariamente, o investimento público.
O que acabei de dizer serve, pois, para referir que, em relação ao que o Sr. Deputado diz, não há nenhum orçamento obscuro, o que há são realidades distintas e, portanto, temos de as conhecer para nos podermos enquadrar.
Queria dizer também ao Sr. Deputado o seguinte: estou aqui numa perspectiva — aliás, fiz questão de o afirmar — de diálogo e de ouvir. Posso não estar de acordo, mas tenho o maior respeito pela opinião dos Srs. Deputados e não tenho problema nenhum em dizer que estou de acordo ou que estou em desacordo com o que quer que seja. É essa relação que quero aqui estabelecer com os Srs. Deputados, uma relação de respeito, uma relação de compreensão, não necessariamente uma relação de aceitação ou de concordância.
Os Srs. Deputados fizeram várias intervenções e chamaram a atenção para vários aspectos, alguns deles bastante interessantes que, naturalmente, servirão para a minha própria reflexão relativamente a uma série de matérias. Não tenho preconceito nenhum em dizer isso aos Srs. Deputados.
Queria, no entanto, dizer que o facto de ter todo esse espírito de abertura e de respeito pelos Srs. Deputados não significa que não reafirme todo o compromisso do Ministério e o meu pessoal com aqueles que são os grandes objectivos do Programa do Governo e do Programa do Partido Socialista relativamente às grandes prioridades, aos grandes projectos que estão em curso e que, como eu disse, são projectos que relevam de uma visão optimista em relação ao futuro. Acho que este é um aspecto que importa salientar, acho que é tempo de abandonarmos o discurso pessimista, mas, sobretudo, de vermos o que é que há a fazer para ultrapassar as dificuldades do País e para atacar a crise em que estamos envolvidos. A preocupação é, pois, a de andar para a frente, de olhar para aquilo que pode ter impactos imediatos relativamente ao relançamento da economia e aquilo que, significativamente, pode preparar o País para o futuro.
Queria, pois, aqui reafirmar as preocupações com a coesão económica do território, com a criação de competitividade para as empresas, com a criação de condições de atractividade do País e, nesse sentido, os grandes projectos que tive oportunidade de referir, como o aeroporto, a alta velocidade, as concessões rodoviárias ou as redes de nova geração são projectos absolutamente vitais para encararmos o futuro com optimismo e com confiança.
Brevemente, serão tornadas públicas uma série de iniciativas relacionadas com esta matéria, designadamente antes da apresentação do Plano Estratégico de Transportes, e vamos ter oportunidade de voltar a discutir a concretização de projectos mais particulares.
De qualquer forma, a mensagem que quero deixar aos Srs. Deputados é a de que o Ministério está firmemente empenhado na concretização dos seus grandes objectivos que aqui foram apresentados e, simultaneamente, tem em atenção todo o rigor e exigência que têm de ser colocados, particularmente na conjuntura actual. Somos obrigados a ser exigentes, somos obrigados a ser selectivos e somos obrigados a preocupar-nos com as condições económicas e com os constrangimentos, mas essa preocupação não nos impede de ver o futuro com optimismo.
Portanto, Srs. Deputados, é esse o compromisso que aqui deixo, ou seja, o de concretizar os grandes objectivos e de trabalhar em conjunto com o Governo para que não apenas a crise seja ultrapassada, como também possamos construir os alicerces de um crescimento futuro e de um Portugal melhor para todos.
Muito obrigado.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Ministro.
Concluímos, assim, esta audição. Quero agradecer a presença dos Srs. Membros do Governo e dos Srs. Deputados.
A Comissão de Orçamento e Finanças retomará os seus trabalhos às 15 horas e 15 minutos, com a audição do Sr. Ministro da Administração Interna.