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44 | II Série GOPOE - Número: 002 | 6 de Novembro de 2010

grande importância, porque permite canais alternativos de exibição cinematográfica e audiovisual que não se inserem no tradicional mainstream do cinema americano e vem também dar resposta a bastantes chamadas de atenção, por parte do meio, relativamente a uma hegemonia da Lusomundo sobre os diversos espaços para exibição cinematográfica. Portanto, com esta rede paralela alternativa de cinema, podemos potenciar a mostra de cinema de autor e criar canais alternativos de exibição. Claro que estes canais alternativos de exibição terão também de contar para o número de espectadores contabilizados no rácio que importa estabelecer para candidaturas a novos apoios, nos anos seguintes, claro que essa rede de equipamento digital deve ser acompanhada de programadores, em articulação com o Ministério da Cultura, com um contratoprograma que esteja à altura e em condições de proporcionar uma boa programação cinematográfica, claro que as obrigações serão as de dar primazia ao cinema europeu e também sul-americano, porque, como disse, o cinema americano já tem um espaço suficiente consignado. No fundo, vamos proporcionar uma rede de serviço público, no melhor sentido da palavra, através desta rede de cinema digital.
Em relação a 2011, a planificação e a programação financeira que fizemos para este projecto envolve cerca de 42 salas de cinema e é nossa intenção envolver, até 2013, 71 salas. E, quando falo em salas de cinema, refiro-me a teatros e cineteatros. Portanto, neste espaço de dois anos e meio, queremos cobrir 71 espaços de exibição cinematográfica e já em 2011 42 espaços. Para este propósito, temos uma verba alocada ao ICA, no que diz respeito à componente nacional, e uma candidatura em preparação, aliás, preparada para apresentar ao QREN, que tem já, da parte da gestão destes fundos, o reconhecimento da sua importância estratégica.
De facto, este era um dos projectos novos que gostaria muito de partilhar com os Srs. Deputados.
Relativamente à rede de teatros e cineteatros, desde a primeira vez que tive a honra e o prazer de me dirigir aos Srs. Deputados, indiquei esta iniciativa como uma das mais importantes, na medida em que o esforço financeiro que este País fez, em 15 anos, para se dotar de estruturas não foi acompanhado de um esforço para se dotar também de recursos humanos e de capacidade de programador, quer ao nível de gestores culturais, com condições para poderem potenciar os equipamentos, quer ao nível de recursos financeiros, para poder alocar às programações. Por esta razão, o Director-Geral das Artes, o Eng.º João Aidos, e o meu gabinete, aliás, com o meu empenho pessoal, estão a preparar este projecto, o qual passa por um documento legislativo que vai abrir candidaturas a diversos teatros e autarquias que se queiram juntar a nós, mediante uma série de condições que iremos elencar, todas elas em nome do serviço público. E vamos fazê-lo com verbas do Ministério da Cultura e de um parceiro privado, mas, quanto ao parceiro privado, se me permitem, gostaria apenas de o anunciar um pouco mais tarde, quando tivermos a formalização pública do protocolo. De todo o modo, trata-se, de facto, de uma grande alavancagem, digamos assim, para o Ministério da Cultura, a qual vai permitir, numa primeira fase — e vamos tentar que seja ainda em 2011 — , abrir candidaturas para seis teatros, embora o objectivo seja o de, até 2013, conseguirmos cobrir uma rede que integre 12 a 15 teatros. A nossa prioridade será para zonas onde já existam centros de produção com interesse relevante, pela sua acção — e quando digo «centros de produção» refiro-me a companhias de teatro, centros culturais que já tenham criado públicos e exigência de públicos que, de certa forma, também alimentem estes novos projectos. Esta prioridade irá ainda no sentido de maximizar o esforço que essas estruturas, quer equipamentos, quer estruturas artísticas, já estão a desenvolver no terreno, muitas vezes ao longo de muitos anos e com dificuldades, as quais, deste modo, têm um suporte institucional para serem parte do tal «esqueleto» que, conforme aqui referi algumas vezes, queremos construir no nosso País, no que respeita às redes de produção artística.
Quanto ao Portal da Cultura, está uma candidatura em curso para a segunda fase, uma vez que a primeira já foi concluída, mas ainda há muito para fazer, porque o mundo digital é quase infindável e, de cada vez que um projecto se fecha, já está quase desactualizado. O Portal da Cultura é, de facto, um projecto para o qual é necessário um investimento significativo, mas é comparticipado por fundos comunitários e, por isso, está, de facto, prevista esta segunda fase para 2011.
No que diz respeito à língua portuguesa, o facto mais imediato que posso partilhar com os Srs. Deputados é uma resolução do Conselho de Ministros que está para ser aprovada muito em breve — provavelmente na próxima semana, mas não sei, porque, por vezes, o ritmo dos acontecimentos atropela-nos — , a qual vai já estipular datas e um cronograma para cada Ministério, relativamente à utilização do conversor Lince, o qual permite a escrita segundo a nova ortografia. Lembramos aqui os Srs. Deputados que o acordo ortográfico está