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Sessão de 3 de Dezembro de 1919 11

ter a consciência tranquila de haver cumprido o nosso dever.

Doutra maneira nem cumprimos o nosso dever nem correspondemos de maneira nenhuma às altas funcções de que estamos investidos. (Apoiados).

Repito, os meus agradecimentos, e faço votos para o Parlamento da República corresponda à sua alta e nobilíssima missão.

O Sr. Álvaro de Castro: - É apenas para agradecer a V. Exa. e garantir que a maioria usará de todos os meios para que os trabalhos parlamentares corram em harmonia com os interêsses da Nação.

O Sr. António Granjo: - Sr. Presidente: tem V. Exa. a autoridade para convidar todos os lados da Câmara a que se deixem sempre determinar pelo que devem à República e ao prestígio parlamentar.

Não precisando nós de incentivo a êsse respeito, gostosamente contudo declaramos que jamais nos guiará outro lema, que não seja o cumprimento do nosso dever perante a Nação e a República.

As considerações que tenho a fazer quanto ao resultado da eleição, tem de ser diferentes daquelas que fiz na sessão de ontem.

O Sr. Álvaro de Castro, antes de se proceder à eleição, fez as mais peremptórias declarações como leader da maioria, declarações que nós temos de tomar como boas, representando não apenas o desejo e sentimentos de S. Exa., mas o pensamento da maioria.

Tendo-se ainda dado o facto de haver alguns Deputados da maioria...

Interrupções várias.

O Orador: - Creio bem, Sr. Presidente, que estas minhas considerações são de fácil demonstração.

Fazendo-o, repito, não quero de forma alguma nem agravar o incidente, nem consentir que das minhas palavras se tire outro significado que realmente encerram.

A votação demonstra que entrou um certo número de listas a favor do Partido Republicano Liberal e excluída essa votação, somando se a votação do Partido Republicano Popular com a dos independentes é indispensável ainda acrescentar a essa soma um certo número de Deputados democráticos para dar o resultado da votação.

Vozes: - Ou liberais.

O Orador: - Não quero agravar o incidente, apelo apenas para aquela inteligência elementar indispensável para a compreensão de números.

Trocam-se àpartes.

O Orador: - Simplesmente a favor de um candidato do Partido Republicano Liberal apareceu maior número de votos do que dos Deputados liberais presentes; portanto, houve qualquer Deputado, que pode ter sido dos independentes, que votou nesse candidato liberal.

Admito por isso que não houve desdobramento a favor do Partido Republicano Liberal, porque se o tivesse havido, em face do que se passou, o Partido Republicano Liberal não podia mais cooperar com a maioria democrática.

Isto reflete, apenas em face das declarações do Sr. Álvaro de Castro, aquilo que se poderá chamar um acto de indisciplina, com o qual o Partido Republicano Liberal nada tem.

E questão apenas para se resolver a dentro do Partido Democrático, mas é questão que tenho de pôr em foco, para que o País aprecie devidamente a situação de cada partido, em relação aos outros.

Em relação aos outros e ainda à situação de cada partido em relação às garantias que nos possam dar da unidade indispensável para a realização da sua missão.

Sendo assim, o Partido Republicano Liberal entende que não é efectivamente caso para continuar a manter o seu ponto de vista e, tendo na devida conta a situação tal como é apresentada, participará dos trabalhos das comissões.

O Sr. Júlio Martins: - São escusadas as saudações que eu possa fazer neste momento em nume dos meus amigos políticos, visto que. já ontem V. Exa. as recebeu com toda a sinceridade da nossa parte.

V. Exa. é digno, pelo seu merecimento, pela sua inteligência, pelo seu repu-