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14 Diário da Câmara dos Deputados

De resto, sob o ponto de vista do turismo, a proposta tambêm tem importância. Efectivamente, no dia em que os espanhóis, que já frequentam muito as nossas termas, poderem tratar daqui os seus interêsses em Espanha, em maior número acorrerão ao nosso País e se demorarão muito mais entre nós.

E isto o que o povo quere, tenham V. Exas. a certeza. É isto o que nos pedem os órgãos de grande publicidade. É isto para que nós somos chamados. E não se julgue que é um desperdício, a despesa que vai fazer-se, porque dentro em pouco ela será coberta pelo rendimento dos novos serviços. Nós temos um condutor directo para Paris, mas, nas condições em que êle funciona, raras vezes dá ligação; passaremos, por isso, a ter dois. Quanto a aparelhos, alêm do Morse e do Hugg's, que já não dão expediente ao movimento para Paris, passaremos a ter um Bondeaux.

Sr. Presidente: são estas as considerações de carácter geral que tinha a fazer à Câmara, terminando por declarar que num problema tam interessante, o Parlamento só se honrará aprovando o parecer que se discute, compenetrando-se, assim, da necessidade de realizar o seu objectivo.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente: - O Sr. António Granjo deseja, em assunto urgente, interpelar o Sr. Presidente do Ministério sôbre assuntos de ordem, pública. O Sr. Presidente do Ministério não está presente, mas comunicou-me que, se fôr necessário, aqui viria, porque se encontra na outra Câmara. Vou consultar a Câmara sôbre se autoriza que o Sr. António Granjo use da palavra.

Consultada a Câmara, foi concedida a urgência.

O Sr. Presidente: - O Sr. António Granjo terá a palavra quando estiver presente o Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. José de Almeida: - Quando o actual Governa tomou assento nas cadeiras que ocupa, a minoria socialista declarou aqui que era preciso, que era indispensável que se estabelecesse uma plataforma entre todos os partidos políticos para que se solucionassem as questões de verdadeiro interêsse nacional, as questões de fomento, que representam, no período grave que atravessamos, grandes medidas de salvação pública.

Não tem sido pela oposição dos socialistas, não tem sido por qualquer atitude nossa menos favorável para a obtenção dêsses resultados, que a legislação dêste País não tem sido dotada daquelas medidas que a opinião pública urgentemente reclama.

Nós temos esperado essas medidas para as discutir e sancionar, se porventura essa sanção merecessem.

Assim, o projecto que se discute é daqueles que na generalidade tem de merecer a aprovação do partido socialista.

É certo que os Govêrnos dêste País não têm sabido elaborar aquele plano geral de trabalhos a que se referiu o Sr. Cunha, Lial o que tam necessário se torna para a boa administração pública, mas não seja êsse o motivo por que medíeis desta ordem, de tam indiscutível utilidade, não recebam aqui a aprovação imediata que se pede e que evidentemente reclamam.

A época da paz trouxe consigo a terminação da luta das armas, principiando a grande luta económica e, ai daqueles povos que não souberem apetrechar-se para essa luta, porque serão fatalmente vencidos por uma forma eterna.

As necessidades dessa luta económica, as necessidades de comunicação, as necessidades de transporte, as necessidades de toda a ordem para o bom êxito dessa mesma luta requerem a atenção do Parlamento e imediatas providências.

Para não cansar mais a atenção da Câmara e em vista do assunto já ter sido explanado pelos oradores que me precederam, eu declaro pois que a minoria socialista dá o seu voto à generalidade dêste projecto porque êle se refere a um assunto de interêsse público e bom será que de uma vez para sempre todos nós, grupos políticos, que temos lugar nesta Câmara, tornemos o compromisso perante o País de utilizarmos o nosso tempo e as nossas