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Diário da Câmara dos Deputados

conferir aos pilotos aviadores, pilotos aerosteiros e observadores aéreos, diplomados com os respectivos cursos 1$50; subsídio de risco de voo, 3$.

S. Ex.a inverteu estes subsídios o que, como já tive ocasião de dizer, não acho natural.

S. Ex.a ainda elimina as tabelas o introduz logo nestas alíneas os subsídios correspondentes.

Não vejo também vantagem em incluir logo nas alíneas os subsídios correspondentes, não me parecendo, portanto, necessária a alteração do projecto nesse' sentido.

S. Ex.a também ao referir-se á alínea /) foi duma injustiça extraordinária. Pretende S. Ex.a eliminar o subsídio conferido ao pessoal encarregado do lançamento de hélices, que é fixado na tabela para as praças de pré ou civis em 1$.

O Sr. Plínio Silva desconhece talvez a violência deste serviço, o esforço físico e o risco que as praças encarregadas dôste serviço correm const-intomonte. Ainda não há muito tempo que se deu um desas; tre mortal: um marinheiro por descuido, talvez, foi apanhado por uma hélice e ficou som cabeça.'

A marinha reconhecendo tal risco, tal esforço físico atribuiu às praças encarregadas desse serviço o subsídio de 3$. O exõrciío muito nmis modesto não pretende um subsídio tam grande e propõe 1$ e é este pequeno subsídio que o Sr. Plínio Silva quero ainda eliminar. Pregunto a S. Ex.a se julga que haja praças com tal dedicação por esse serviço que queiram sujeitar-se a estar constantemente em perigo sem que tenham mais que o seu pré de soldado.

Sr. Presidente: afirmando mais uma vez que não acho justas as considerações do Sr. Plínio Silva termino por declarar que dou o meu voto àquilo que a comissão do guerra diz no seu parecer.

Tenho dito.

O Sr. Plínio Silva: — Começa por pedir à Câmara a sua atenção, por isso que entende que o projecto deve ser votado com a máxima consciência.

Declara que não tem absolutamente parti-pris nesta questão; apenas o que quere é apresentar os seus pontos de vista.

Estranha que os ilustres oradores que na primeira sessão em que este assunto foi trazido à discussão disseram que não tinham tido tempo de o estudar por ser duma extraordinária magnitude, estranha, repete, que esses seus colegas não o acompanhem agora, assim como aos seus colegas Vergílio Costa e Manuel José da Silva.

Há um ponto nas considerações do Sr. Vergílio .Costa que julga ser duma verdadeira injustiça para os nossos aviadores. Disse S. Ex.íl que, diminuindo-se o subsídio, eles deixarão,de fazer o número de voos necessário. É uma injustiça que se pratica para .com. os-nossos aviadores supor-se que eles deixarão do voar por ser exíguo o prémio de risco de voo.

O Sr. Vergílio Costa: — ^V', Ex.a dá--me licença?

'Não pretendi ser injusto para com os nossos oficiais aviadores, o que eu disse foi que não se justifica o aumento de subsídio aos que não voam. Não é justo que polo' brevet tenham 3$ de subsidio, e os que se arriscam voando recebam só 1£50B Muitos estão fazendo serviço nos regimentos e recebem o subsídio. «?

O Orador:—As considerações-do seu colega Vergílio Costa baseiam-se em raciocínios' falsos. Não admite ôle, orador, que os oficiais aviadores façam serviço nos regimentos; esses oficiais não podem estar à mercê de possíveis" simpatias por parte dum ou doutro chefe, não podem estar à mercê de conveniências políticas.

O Sr. Vergílio Costa deve lembrar-se, como ele, orador, se lembra, de que no tempo do sidouismo oficiais republicanos que lhe eram adversos foram afastados do serviço.

Amanhã por qualquer circunstância serão também afastados e mandados fazer serviço nos regimentos. Isto não pode nem deve ser...

Um oficial com brevet não pode ser mandado para qualquer regimento, não pode estar à mercê de qualquer antipatia.