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Está no Governo o Sr. Jorge Nunes, que conhece bem a vida da Companhia, visto que a tem acompanhado desde que se implantou a Bepública, e por isso ó de estranhar a falta de apresentação de ideas claras, a,tal propósito, na declaração ministerial.

S. Ex.a deve ter ideas sobre isto.

Nesta hora sorá criminoso todo aquele que vá para o Governo sem levar soluções positivas para os assuntos da sua pasta.

Mas há mais.

,; Ò que pensa o Governo, visto que estamos em época de renovação de vida económica, a respeito da'questão do pôr-to de Lisboa?

Fala-se muito no desenvolvimento que é necessário dar ao porto de Lisboa-.

Debate-se a idea de estabelecer um porto franco, a propósito do que alguém já disse que se pretendia fazer de Lisboa a cabeça descomunal dum corpo pequeno.

£Í)eve o país inaugurar a política económica e aerír.ola nor nne muita 0-fsntA

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anda pugnando?

éQuais são as ideas do Governo?

O Governo atira-nos apenas, ao acaso,

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ma dos transportes».

(jQuais são também as ideas do Governo sobre o problema das subsistencias?

Este problema comporta duas fases completamente distintas. Admite o Governo o critério do comércio livre ou quere voltar^ ao regime das requisições, ao comércio não livre? Um ou outro sistema produz imediatamente umaTevplução. Houve muita gente que tomou a idea do comércio livre como uma verdadeira pa-nacea, por isso que estabelecida a concorrência entre os comerciantes o produto baixaria necessariamente de preço. Verificou-se, porém, o contrário. Os géneros subiram enormemente de preço. E os lavradores já não deixam sair hoje o azeite dos seus lagares por menos de dois escudos!

O problema das subsistencias é, pois, de altissima importância. O Sr. João Ko-drigues Pinheiro arrancou em meia hora • ao Parlamento a aprovação de um projecto de lei, unicamente com o meu protesto.

A lei dos açambarcadores, que parece de somenos valor, encara uma grande

Diário da Câmara do* Depvtadoè

importância. Pensa o Governo em regulá-la?

Assim ó preciso, porque há comerciantes honestos que estão sofrendo verdadeiros vexames, ao passo que outros escapam pelas malhas tendo cometido toda a casta de burlas. Entendo que todos os comerciantes que tenham géneros em depósito, imediatamente digam quais são as existências em armazém, fornecendo de quinze em .quinze dias nota das entradas e saídas. A partir deste momento já não há confusões sobre o açam-barcamento.

^Mantêm o Governo o comércio livre para â maior parte dos géneros?

^Mantém o Governo os dois tipos de pão, cuja fórmula tanto concorre para a nossa crise económica?

^Prossegue np regime dos enormes lucros ilícitos da moagem?

Digo enormes lucros ilícitos, e posso prová-lo.

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que criou os dois tipos de pão, e com ela ganhou mais de três mil contos.

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^Porque não nos diz qualquer coisa sobre o desequilíbrio da nossa balança económica, da qual uma dás causas é a importação do carvão?

^Porque ó que não põem um travão a isso, ficando o Estado o único importador? . . .

O Sr. Lúcio de Azevedo: — Não se obtinha nada. A quantidade é a'mesma;

O Orador: — Estou absolutamente convencido de que a quantidade de carvão importado era muito elevada, podendo agora reduzir se. O Governo tem de estabelecer um critério sobre isto; tem de atender às nossas necessidades económicas.

Tem de falar claramente o Governo e explicar aonde vai buscar o equilíbrio da nossa balança económica.

Precisa de falar claro ao País, para que o País tenha confiança nele.