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de 28 de Janeiro de ISSO

Quero apenas pôr em destaque as res-ponsabilidades e as palavras do meu amigo António Granjo.

Disse o "Sr. António Granjo que o Governo Fernandes Costa cedeu perante uma coação.

O Sr. António Granjo: — Eu segui a ordem dos factos apontados.

O Orador: — O Presidente da Repú blica não estava coacto.

Fez-se uma manifestação a S. Ex.4a e foi recebida a respectiva comissão a quem o Sr. Presidente da República deu as satisfações que entendeu.

Nada mais legítimo, assim o entendeu o Sr. Presidente da República.

Vamos a outro ponto.

O facto da opinião pública não ter recebido bem esse Ministério, não representa atentado contra esses homens. Essa doutrina não pode ser aceite.

Quando foi do primeiro Ministério Domingos Pereira os representantes do Partido Democrático não quiseram os Srs. Júlio Martins, António Granjo e Couceiro da Costa.

O Sr. Júlio Martins disse ao Sr. Fernandes Costa que tomasse posse, que as cousas se solucionariam dentro dos bons princípios republicanos.

Há sempre quem queira saber bem como as cousas são e desconheça afinal o meio.

O Sr. Fernandes Costa não cedeu perante as manifestações do Terreiro do Paço.

Então houve uma força que se opôs a isso.

^Admitir que o Sr. Presidente da República esteja coacto? Isso, não!

Então viria S. Ex.a ao Parlamento com uma representação. (Apoiados).

Não o fez, porque não se sentiu coacto.

Se digo isto foi porque um membro do Partido Liberal o disse, o fez sentir, e é uma afirmação que está de pé. (Apoiados).

Neste país todos querem armar em conselheiros. (Apoiados).

Muita cousa se tem dito sobre este assunto, e cada um inventa o que muito bem lhe parece.

Até já se chegou a dizer que o meu ilustre chefe, Sr. Júlio Martins, queria ser Ministro da Guerra para dar um golpe de Estado, mas que a guarda republicana era contra ele; outros que a guarda republicana estava com ele.

i Se o Sr. Júlio Martins queria dar o golpe, tinha a força!

.•

£ Não há um interesse de colocar mal determinadas criaturas?

Diz-se tambôm que o Grupo Popular mostrou demasiada ambição, porque queria pastas e impor Ministros. O Grupo Parlamentar Popular não queria impor pastas. O Grupo Popular tinha a consciência das suas responsabilidades no dia seguinte àquele em que entrasse no Governo, e se o Governo de que ele fizesse parte trilhasse um caminho diverso do anunciado por ele, o Grupo Popular não poderia manter-se no Poder nem mais um instante.

A aspiração deste-"grupo é apenas o de filiar uma corrente forte de opinião em Portugal, sem intrigas nem habilidades políticas.

Posto isto, Sr. Presidente, eu devo aclarar um ponto que, me parece, não foi bem compreendido por alguns Srs. parlamentares.

Quero referir-me ao facto da nossa oposição sistemática.

Nós não fazemos oposição intransigente a todas as medidas do Governo, mas pretendemos, com a nossa oposição, colaborar com o Govôrno. Nós estamos tam convencidos de qual seja a acção do Govôrno, pela leitura que ele faz da mais triste declaração ministerial que aqui se tem apresentado, que desde já dizemos que lho fazemos oposição.