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de 28 de Janeiro dê 1920

possível que possa dar muitíssimo mais do que temos.

O Orador — Precisamos saber qual a sua orientação sobre o problema colonial' O problema reveste aspectos importantes.

O caminho de ferro de Malange está numa verdadeira miséria.

Os comerciantes d© Loanda, três, fecharam por falta de transportes.

^Permite fazer empréstimos ou não?

,;0 que levam nas algibeiras os altos comissários?

^Tratará de conesias também o fundo especial dos caminhos de ferro?

Era bom que o Governo nos dissesse o que pensa sobre ele e quais as suas ideas sobre o problema colonial.

jQuais as suas. ideas?

Deve expô-las ao Parlamento para se acreditar perante o País.

Na declaração ministerial fala-se em direito «substantivo» e «adjectivo».

Riso.

Era melhor que nos dissesse as suas ideas, se as têm sobre este problema.

Agora p que eu desafio V. Ex.as é a que me digam, com essas palavras esquisitas, que idea forniam do pensamento do governo sobro a iei do inquilinato. E tenho o prazer de anunciar à Câmara que o Grupo Parlamentar Popular trará dentro de poucos dias um projecto da autoria do Sr. Pais Rovisco sobre o assunto, para demonstrar que nós quando atacamos ó porqe temos ideas e não temos só palavras.

Sr. Presidente: sobre os Bairros Sociais o que é quo pensa o Governo? Eu tive o amável convite do presidente da comissão de administração dos Bairros Sociais, para ir examinar a sua escrita. Eu fiz acusações, no jornal que dirijo, sobre essa administração, porque sei de casos concretos. Espero, portanto, pelo exame dessa escrita, para provar a verdade das minhas asserções.

Mas o que pensa o GovGrno sobre os Bairros Sociais? Eu sói quo os Bairros Sociais já consumiram para cima de 3 mil

contos, e ainda não se vê, sequer, a sua sombra. Eu não sou contra os Bairros Sociais, mas é preciso que eles sirvam para alguma cousa, para o fim que se destinaram, e não só para consumirem dinheiro. «jEstá disposto o Governo a deixar continuar o esbanjamento do dinheiro dos Bairros Sociais? Pensa o GovOruo em entregar o trabalho dos Bairros Sociais, a comissões de operários, ou a um sindicato? São cousas que nós precisamos saber, e que não vêm na declaração ministerial.

Sr. Presidente: unia outra cousa que nós gostaríamos de ver, duma vez para sempre, posta numa declaração ministerial, era a afirmação de que num prazo de dias o Governo traria ao Parlamento uma severa lei de responsabilidade ministerial. É- preciso que acabe esta vergonha de vivermos numa Bepúblicá à maneira de monarquia, onde não havia responsabilidade dos seus homens públicos. E preciso que ninguém possa dizer que um Ministro prevaricou sem ser chamado logo à responsabilidade dos seus actos. O Governo não nos di/ também se pensa em impor na legislação da República este problema, que a consciência republicana há muito tempo reclama.

Também o Governo não 'nos fala sobre a política da guerra. ^ Pensa o Governo em manter os actuais quadros do exército? ^Pensão Governo em estabelecer uma transição para um exército miliciano? £ Pensa o Governo em fechar a Escola de Guerra, como já foi alvitrado por alguns?

Também o Governo não nos diz nada sobre o saneamento.

O que pensa o GovGrno fazer?

Eu sou a criatura menos jacobina que pode haver, mas o Governo que não sabe defender-se ó um governo de ineptos.

É absolutamente necessário pôr a Ee-pública a coberto de quaisquer surprezas.