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Diário da Câmara dos Deputados

Sobre a questão da marinha, desejava também saber se o Governo tem conhecimento de que já estão gastos os célebres 8:000 contos para compra de navios velhos.

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Sobre a pasta da instrução desejava também saber se o Governo está na disposição de revogar todos os decretos que foram feitos pelos ministros anteriores?

«;0 que pensa o Governo sobre tudo isto?

Vou terminar pedindo ao Parlamento que me releve o ter-lhe tomado tanto tempo.

Fiz preguntas concretas ao Governo. O Governo responderá.

Não me peza na consciência ter tomado tempo à Câmara inutilmente, porque, rebito, há, medidas de ca.ráptp'r aVJTnvnistrn-

Jr * ^i^w^w.vv™-. »« —

tivo tam importantes e que o Governo pode tomar sem ouvir o Parlamento como aquelas que estão pendentes da sua apreciação.

Elucide o Sr. Presidente do Ministério o País e faça-:0 com clareza que é própria do seu carácter.

Não foi para lhe lançar no caminho cascas de laranja qiie eu falei, mas sim como português, como patriota e como republicano. Eesponda S. Ex.a também como português, como patriota e como republicano.

Vozes: — Muito bem. Muito bem.

O orador foi mwto cumprimentado.

O discurso será publicado na integra quando o oradçr haja revisto as notas ta-quigráficas.

O Sr. Carlos Olavo : — Sr. Presidente: eu não tencionava usar da palavra neste debate porque essa incumbência me não pertence, mas ao leader do meu Partido, o meu ilustre amigo o Sr. Álvaro de Castro, que já dela usou,, exprimindo com clareza o pensamento da maioria.

Mas um pequene incidente produzido durante o discurso do Sr. Orlando Marcai, que lamento não ver presente nesta sala, levou-me a pedir a palavra para explicar a interrupção que então fiz, não

por ela em si, que pouco vale, mas pelo assunto que com ela se relaciona, e que, a meu ver, é de capital importância no debate que está travado.

Antes, porém, de dar essas explicações, que não levarão — pode a Câmara tranqúilizar-se—mais de 5 minutos, permita-me V. Ex.a, Sr. Presidente, que eu saúde o Governo da Presidência do firme republicano e meu "querido amigo Sr. Domingos Leite Pereira, e que, pelas pessoas que o compõem, dá ao País a mais cabal garantia de que a Repáblica há-de ser eficazmente defendida e o Estado honestamente administrai). (Apoiados}. E tam convencido estou disso, que pode o Governo contar com o meu mais decidido aplauso e com o meu desinteressado esforço, se para alguma cousa ele pode servir.

Sr. Presidente: quando falava o ilustre Deputado Sr. Orlando Marcai, mais, estou certo, para acompanhar a sua adesão a.o Grupo Popular duma sonora e retumbante orquestração de eloquência, do'que propriamente para atacar o Governo que hoje se encontra naquelas cadeiras, S. Ex.a declarou que o Ministério uão era nacional, nem tam pouco de concentração, visto que nele se achavam representadas todas as correntes políticas partidárias existentes nesta Câmara.

Preguntei então a S. Ex.a quais as razões por que assim sucedia, e fi-lo porque sabia que o Sr. Domingos Pereira se tinha dirigido a todos 6^ partidos, empenhado como estava em formar, de facto um Ministério de concentração que tranquilizasse a Nação nos seus alarmes e receios, e que interpretasse e efectivasse as suas justas e urgentes aspirações.

S. Ex.a, com uma gentileza a que estou imensamente reconhecido, e que eu filio na velha e estreita camaradagem dos saudosos «tempos de Coimbra, disse que não respondia, visto que a resposta os-tava nas declarações feitas pelo Sr. Júlio Martins.

Vejamos, pois, nas declarações de S. Ex.a a verdadeira razão por que não estão representadas neste Governo todas as correntes de opinião...