O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

de 28 de Janeiro de 19X0

de divergência entre os partidos, resignando-se até o não ter um só governador civil no País, se isso facilitasse a solução da crise.

Isto quere dizer que o partido democrático dava todas as facilidades para a constituição de um Ministério nacional^ ò o que ainda agora mais uma vez foi confirmado pelo Sr. Álvaro de Castro.. Mas as tentativas para êsstí ministério falharam e foi então que só organizou o Governo da presidência do Sr. Fernandes Costa, cuja posse não chegou a realizar--se por virtude das circunstâncias qúo a Câmara conhece. Seguiu-se o Sr. Barros Queiroz no encargo de formar um ministério nacional ou do concentração republicana, QJ após a sua desistência; o ilustre Presidente do Senado, cujos bons propósitos também não lograram êxito, apesar dos esforços

Coube-me então a vez a mim e, para meu mal, de constituir gabinete.

As minhas, respònsabilidades, na hora em quê urgia pôr iim ponto ria crise, já tam prolongada, oram formidáveis. Hão podia facilmente desistir, perante a minha consciência de republicano e perante, o País. Lancei-me na missão do que fui encarregado, com a mais enérgica vontade de cumprir {o tmeu dever, organizando o Governo ou declinando o, iriarida.to perante a provada convicção de' que todos os, irieus esforços estavam absolutamente malogrados è: de que ninguém com razão podia atribuir-me a menor culpa de hão procurar resolver a crise.

• Se no .ministério a que tenho a honra do presidir fiãò estão representadas todas as correntes parlamentares, e até úiha de fora do Parlamento, não é porque eu o não quisesse conseguir. O meu desejo, Ô meu dever, a conveniência do Pais e da República a isso me obrigavam. Jfiu queria que o Governo fosse uma perfeita concentração republicana o que nele entrassem figuras independentes, do r.oíupe-têucia e nunca desmentida dedicação à República. Foi baldado o mou empenho.

Constituí pois o Governo o melhor que pude e, Sr. Presidente, não estou arrependido de o compor corno está forque, toiido figuras das mais altas dos Partidos Democrático e Liberal, tendo o ilustre parlamentar Sr. Ramada Curto, como ré-

presentarite do Partido Socialista, e duas prestigiosas individualidades independentes, republicanos de sempre, republicanos que à República têm dado o melhor da sua actividade e da sua inteligência, ò Governo o|ue aqui se encontra é iim Governo republicano, que há-de fazer uma obra republicana, é um Governo que tem o direito de esperar 9 respeito e a ajuda dos republicanps para que o País o.possa respeitai1 é ajudar tanibêm.

Foi acusado este Governo, e até agora, nesta casa do Parlamento, quàsi' só se lhe têm feito acusações, foi acusado de não ser uni ministério nacional, nem um ministério de concentração, de «não ser nada», parece que nem sequer ò ministério existe. t ....

Se o Ministério não tom representação dó todos os grupos parlamentares é porque o Partido Popular, com. liiágua o digo não quis entrar para ele.

Se não tem a representação de todas as correntes republicanas não é, repito porque eu não envidasse esforços nesse sentido; essa. acusação não me visa a inim mas recai sobre aqueles que tornaram impossível á constituição do injnistério coiuò as circunstâncias, a meu ver, o recomendavam. . , .

A declaração, ministerial, que eu troúxõ à Câmara, foi lida há taiiío tempo que já contra ela poderia ter sido feito um ataque, longamente jprejparadò et decisivo, qiíe á reduzisse a nada. Todavia, até agora, a única acusação produzida foi apenas esta: de gite é vaga, de que ó curta, de que faz promessas, de qiie contêm apenas palavras.

Sr. Presidente: <_ que='que' de='de' foi='foi' propostas='propostas' seus='seus' governo='governo' pontos='pontos' loi='loi' uma='uma' dos='dos' ex.a='ex.a' do='do' declaração='declaração' preguníe='preguníe' resumida='resumida' das='das' um='um' não='não' pública='pública' à='à' a='a' tam='tam' e='e' administração='administração' lhe='lhe' ministerial='ministerial' é='é' ideas='ideas' pregunte='pregunte' quando='quando' p='p' sobre='sobre' câmara='câmara' ó='ó' permita-me='permita-me' v.='v.' possível='possível' feixe='feixe' vista='vista' afirmação='afirmação' quanto='quanto'>

£ Onde é que foi apresentada uma declaração ministerial fora destas ndr-mas?