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Diário da Câmara dos reputado»

cento, juro razoável, teremos de pagar 15 por cento, juro de agiotas.

j A situação é tremenda!

Não pense ò Sr. Ministro das Finanças em contra^.' empréstimos, internos ou externos, emquanto não tentar tapar o apavorante déficit com valores económicos e colocar os câmbios em melhor situação. j Nós não nos prestaremos a jogos mala-bares!

Vim, pois, simplesmente, procurar definir a situação do Grupo Parlamentar Popular, sobre a idea de se contrair um empréstimo interno ou externo, visto que a este respeito todas as cautelas são poucas.

Nas' operações dos empréstimos devemos partir da hipótese de que por mais finos que sejamos, os financeiros são sempre mais finos do que nós, porque tem o savoir faire do ofício, corno se viu na maravilhosa operação dos barcos.

Os financeiros são capazes de embrulhar em papebo Ministro, que lhes servirá de instrumento dócil e passivo!

Tenha, por consequência, o Sr. Ministro das Finanças muita cautela o não afrouxe a energia do que se diz animado. (Apoia-

fl.Ofi].

/

Tenho dito. O orador ndo reviu.

O "Sr. Ministro das Finanças (António da Fonseca):— Sr. Presidente : agradeço a todos os oradores as palavras imerecidas com que se me referiram, e bem mais do que essas palavras agradeço os conselhos e incitamentos que me deram no sentido de manter dentro da minha esfera de acção uma inquebrantável energia.

A este respeito não posso deixar de salientar as palavras do meu ilustro amigo, Sr. Dr. Júlio Martins, que fiou excessivamente das minhas faculdades pessoais,-que são muito resumidas, mas fiou pouco das minhas faculdades de energia.

Creia, Sr. Dr. Júlio Martins, que onde quer que haja uma porta aberta que seja necessário tapar, para por ela só não escaparem diuheiros do Estado sem aquela rigorosa fiscalização que c mister, ela será inexoravelmente fechada.

Conto para isso com'a colaboração unânime do Parlamento.

Não posso, em virtude do adiantado da hora, responder a todos os oradores, mas quero prestar alguns esclarecimentos.

Na Conferência • da Paz não há actualmente senão os funcionários que desempenham os cargos estabelecidos no Tratado de Paz.

O Sr. Afonso Costa, presidente da delegação, o Sr. Vitorino Guimarães na comissão de reparações e o Sr. Barbosa de Magalhães no Tribunal da Haia.

Há, além disso, dois adjuntos, que são os Srs. capitães Alfredo Nordeste e Manuel 'Costa Dias, e o Sr. Norberto Guimarães, ' que está servindo uma comissão internacional de aeronáutica, estando um destes adjuntos acumulando as respectivas funções, que não tem vencimentos, com as do lugar de adido militar.

Pelo que toca a adidos militares, não os há actualmente senão emLondres, Paris, Itália e Espanha, tendo cada um deles um adjunto, com excepção do de Itália, e existindo em Paris o reforço de dois oficiais ocupados na liquidação do Corpo Expedicionário Português, os quais se tornam .portanto indispensáveis.

representados no que diz respeito a adidos militares e o Governo pensa em restringir o seu número ao mínimo, havendo a notar que o de Berna nem sequer chegou a tomar posse, o que também sucedeu com o dos Estados Unidos da América do Norte, e que os que se encontram no Brasil aguardam apenas o transporte necessário para regressarem a Portugal.

Compreendo inteiramente a urgência da pregunta feita pelo Sr. Júlio Martins.

O que é preciso é ter, no que diz respeito a adidos, aqueles que constituam a nossa representação indispensável, mas, em todo o caso, este pessoal, que ao presente é excessivo, será, na hipótese mais larga, reduzido a três pessoas.

O Sr. António Maria da Silva:

aí ostá uma excelente medida.

Ora

O Orador: — Antes de mandar para a Mesa uma proposta de aditamento, tenho que fazer algumas considerações a propósito das que foram produzidas pelos ilustres oradores que me antecederam.