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pulos soriarn capazes de a fazer. (Muitos apoiados).

O Sr. Costa Júnior: — Sr. Presidente: em nome da maioria socialista dou o meu voto à proposta do Sr. Ministro das Finanças, pois é preciso que a moralidade entre nos negócios do Estado.

Sobre os bairros sociais disse há pouco o Sr. António Maria da Silva, citando um artigo do jornal A Vitória, que se pastaram ato agora, na construção desses bairros, 4.000 contos.

Isso não é verdade, segundo me informa o meu colega Dias da Silva. Ato hoje apenas se gastaram na compra de terrenos e terraplanagem uns mil contos. Nem mesmo se poderiam ter despendido quatro mil contos, sabendo-se que a Caixa Geral de Depósitos apenas, até a data, tem ordem para dar uns dois mil contos e dessa quantia ainda lá está uma grande parte..

Estas declarações demonstram mais uma vez o grande interesso que existe, de; por todas fornias, ainda por aquelas menos verdadeiras o incqrretas, desfazer .e depreciar a obra dos quo não são correligionários políticos.

O Sr. Augusto Dias da Silva (interrompendo):—

É realmente para lastimar que alguns Srs. Deputados, na boa fé, dêem crédito à propaganda de certa imprensa, que faz campanhas meramente comerciais, pois toda a gente sabe que esta campanha é dirigida pelos fornecedores dos bairros sociais, que queriam elevar a cem por cento o preço dos seus fornecimentos.

O Orador (continuando'}: — Sr. Presidente, digo eu que não se podiam ter gasto até agora, nos bairros sociais, quatro mil contos.

Se se gastaram quatro mil coutos, não foi do dinheiro levantado da Caixa Geral. Mas não se gastaram.

O Sr. António Maria da Silva fez observação sobre o que disse um socialista belga, Emílio Vaudorvelde, e citou o livro mas eu também tenho um livro desse ilustre estadista que passo a ler.

Diário da Câmara dos Deputados

compreender que um indivíduo sej;A anti-parlamentarista e aceite o logar de Deputado.

O que ôle ataca é a função do Estado.1 Não compreendo que um Ministro dirija caminhos de ferro o agricultura sendo médico ou advogado, em logar de um técnico, dum profissional. Ele entende que se devem chamar as pessoas competentes e as que estão habilitadas. Em Portugal chamam-se pessoas que merecem confiança aos partidos e não aquelas que são aptas. Houve já um Ministro quo passou por trôs pastas para chegar à definitiva.

Desde o momento que o Ministro das Finanças apoiou para o Parlamento, S. Ex.a pode contar com a minoria socialista que está condicionalmente ao seu lado.

Lembro a V. Ex.a que a principal economia é a extinção do Exército. Devemos começar por essa medida. Depois temos todos esses abusos como automóveis, funcionalismo, etc.

Y. Ex.a, procedendo assim, faz um bem ao seu País o glorifica o sou honrado nome.

O Sr. António- Granjo:— O Governo apresentou ao Parlamento o Orçamento fazendo-o acompanhar 'de Algumas propostas e uma delas que está em discussão, tende ao restabelecimento da chamada lei-travào.

Essas propostas não se podem considerar como. propostas orçamentais, visto que não tendem ao equilíbrio orçamental. São apenas o que se poderá chamar propostas de expediente,, que têm por fim,dar a impressão ao País que o Governo vai mudar de propósitos e que, em vez dê continuar no caminho dos desmandos, passamos a entrar no caminho rigoroso da economia.

Os oradores que me precederam fizeram, a propósito destas propostas, largas considerações sobro a situação económica e financeira do País. Dispenso^me eu de as fazer porque conhecendo as altas qualidades de inteligência, talento e virtudes do Sr. Ministro das Finanças, não lhe quero fazer a ofensa de acreditar que S. Ex.a se julga quite com a Câmara e com o País com a simples apresentação dessas propostas.