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Sct8ão de 9 de Fevereiro de 1920

Do que se precisa é de uma medida de grande alcance.

Sr. Presidente: temos o agravamento de câmbios que provêm de vários facto-res. A um deles já aludi num aparte ao Sr. Brito Camacho: e a exportação de fundos para o estrangeiro.

Todos sabem que neste momento ninguém pode mandar fundos para o estrangeiro, mas eu sei também que muitos capitalistas lá os têm porque para lá os mandaram em tempo de câmbios menos gravosos.

O Sr. Vasco de Vasconcelos: — Hoje ninguém manda fundos para fora.

0 Orador:—Temos a exportação do ouro e prata. Especula-se ato com as moedas furadas, que servem de fichas nos lupanares do jugo.

'Alguns ourives, por esse país fora, anunciam a compra de moedas de prata.

(Leu um anuncio de cotnpra de moedas}.

Por não ser lícita a exportação dó moeda cunhada, alguns ourives de ouro e prata derretem, passam à fieira, fabricam obra grosseira de pouco feitio, cordão, etc., e tudo vai para Espanha às claras, com gáudio e satisfação, porque vem avolumar a falsamente vantajosa exportação dôstes artigos.

1 E assim se ilude a lei, e nos iludimos todos!

O Sr. Presidente: — Como estão inscritos vários oradores para antes de se encerrar a sessão, pregunto se deseja terminar agora as suas considerações ou se prefere ficar com a palavra reservada.

O Orador. — Nesse caso fico com a palavra reservada.

É lido na Mesa o c.ontra-projecto enviado pelo Sr. Malheiro Reymão.

Foi admitido.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Nuno Simões : — Pedi a palavra para chamar a atenção do Sr. Ministro do Trabalho para as noticias que tem chegado da Régua, onde grassa a epidemia do tifo. O Sr. Ministro precisa do tomar providências imediatas obrigando ao dês-piolhamento e facilitando às autoridades

os meios necessários para evitar a propagação da doença.

Peco, pois, ao Sr. Ministro da Guerra ou das Finanças a fineza do transmitirem ao Sr. Ministro do Trabalho as minhas considerações, certo de que imediatas providências serão tomadas.

Tenho dito.

O Sr. Ministro das Finanças (António Fonseca): — Pedi a palavra para dizer ao Sr. Nuno Simões que transmitirei ao meu colega do Trabalho as considerações que S. Ex.a acaba de fazer.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira do Azeméis): — Pena tenho, Sr. Presidente, que não se encontre presente o Sr. Ministro da Marinha a quem desejava interrogar, mas peço ao Sr. Ministro da Guerra a fineza de transmitir a S. Ex.a as seguintes preguntas:

l.a Está ou não o Governo na disposição de levar a efeito a aquisição dos oito cruzadores, para a qual já foi, pelo Parlamento, votada autorização especial?

2.a Contratou o Governo Português directamente com o Governo Inglês, ou negociou com intermediários?

Feitas estas preguntas concretas, eu dirijo-me a S. Ex.a o Sr. Ministro das Finanças, na ausência do da Agricultura, para fazer as seguintes preguntas:

£ Qual foi o critério seguido na selecção das propostas?

Como está presente também o Sr. Ministro da Guerra, eu desejo fazer as seguintes preguntas:

(j S. Ex.a ordenou ou não o licencea-mento de oficiais que ao abrigo da circular n.° 110, deviam ser mantidos na efectividade?

^Tem ou não S. Ex.° conhecimento de que há oficiais médicos milicianos, que não foram abrangidos por essa circular e que continuam ao serviço?

Espero de V. Ex.a respostas concretas.

Tenho dito.