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antigamente, e o público tem hoje uma noção suficiente do regime da proprio-dado.

Já o disse aqui uma vez o Sr. Afonso Costa que o proprietário é apenas o detentor.

^ Pode alguém, por mais capital de que disponha, fazer no deserto do Sahará uma propriedade rústicw ou urbana?

l A despeito do capital quo tiver, é capaz alguém de construir uma propriedade urbana sem ter operários para isso?

Os quo colaboram para a factura duma propiiedade não são apenas aqueles que põem a cai o a pedra.

O salário não passa dum engano. Para fuzer uma propriedade são necessários mineiros, trabalhadores de campo, fábricas onde se produz o aço, navios quo transportam, os géneros de lado para lado, tudo isto são fabricantes da propriedade.

O capital é umeufonismo,dos,economistas modernos, para significar trabalho não pago. Logo, o salário ó pago com o produto do roubo.

Ponho de parte, por agora, unia proposta apresentada sobre equiparação de vencimonto. O Sr. Ministro das Finanças mantêm ainda us princípios antigos da lei de bronze.

S. Ex.* não quero

Postas estas cousas neste pó e a claro, ocorre-me saber quais os remédios para valer a uma situação taín aflitiva como esta.

Eu poucas vezes falo nesta Câmara, mas apresento o problema alto e superiormente.

Os socialistas são os primeiros a defender a República contra a reacção.

O 8r. Brito Camacho, apreciando a proposta sobre nomeações ilegítimas ou daqueles que não têm repartição, disse que deviam ser anuladas as nomeações. Acho 6sse procedimento injusto. A responsabilidade ó daqueles que flzoram as nomeações e que nomearam indivíduos para cargos quo não existem. A verdade é que estão nomeados; castiguem-se aqueles que fizeram as nomeações não pola necessidade que havia,, mas sim pelo favoritismo. O que há a fazer é fechar os quadros, visto existirem funcionários a mais.

Diário do Gamara doe Deputado*

Lembra-me uma medida apresentada pelo Sr. Plínio Silva sobre o modo de aproveitar útil e praticamente o alto valor da oficialidade do nosso exército.

É claro que esta medida não pode, de forma alguma, satisfazer a aspiração socialista, mas como medida transitória.

O Sr. Presidente: — Peço a atenção da Câmara; peço ao Sr. Deputado que suspenda as stias considerações até que a Câmara se conserve em silêncio.

Pausa.

O Orador: — Dizia ou que a proposta do Sr. Plínio Silva, aqui apresentada ontem, para o aproveitamento dos delitos e valores dos oficiais do exército, como medida transitória, podia agradar aos socialistas, mas quando no futuro as cadeiras do Governo forem ocupadas por homens, todos socialistas, ó claro que esta medida .não servirá e será então o momento de promulgar várias TnprHdas radicais. Então esses 40:000 homens quo estão nas casernas, tratando de correames è cavalos, serãa distribuídos livremente pela.s smãs terras par,", coin o seu braço, arrancarem do solo a riqueza que nele poderemos encontrar a bem da nossa produção.

Quanto aos oficiais, como pessoas ilustradas, serão utilizados em conformidade, com as suas aptidões. Em vez de comandarem soldados passarão a enriquecer o país com as produções do séit talento. Emquanto isso, porém, se não pode fazer, aplaudo a proposta do Sr. Plínio Silva. Segundo parece já está proposto o encerramento da Escola de Guerra.

Sr. Presidente: não há dúvida de que ó indispensável aumentar a matéria colectável dentro do país. £ Mas agravar os imposto^ que já existiam hão será isso motivo de perturbação dentro da sociedade? O essencial é aumentar a matéria colectável e intensificar a produção. Para exemplo, trarei o Japão.

Por 1863 o Japão ainda não tinha feito a revolta dos samurai.

O Japão vivia da indústria do balões à venesiana, do caixinhas bonitas, de leques, papéis, etc. Era um povo simplicíssimo no seu modo de vida.