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estudo indispensável, pára que sobre ela possa incidir aquele debate que se devia produzir.

Eu estou convencido, porêiii, dê quê, sé isso sucede, não ó por culpa do titular da pasta dó Comércio. S. Èx.a viu-se na necessidade de trazer à Câmara à proposta, sem poder dar um largo tempo pára estudo às comissões, porque as condições do país assim o exigiam. Das reclamações de S. Éx.a, de resto, -eu verifiquei que qualquer delonga na apreciação dá proposta pode dar em resultado uma crise ministerial.

Uma voz: — j £ Isso não ê uina coacção V!

O Orador: — Ante uma crise ministerial e a necessidade de aprovar a proposta dos ferroviários, cú opto, pela apro vação da proposta, porque é preciso que sé diga a verdade, como há já duas sessões se proclamou aqui: o país está cansado de crises ministeriais, está cansado do ver passar Rnrp.ssivímiftnfft nelas f. j.

cadeiras do Poder homens que quási não tem tempo de íazor algo de útil a favor do seu País.

E facto que ou desejaria mais que, em lugar de se estar aqui a discutir uma proposta só para benefício dos ferroviários, se discutisse uma proposta beneficiando todos os funcionários públicos, ou melhorando as condições de vida, porque o que é certo é que o -País na sua maior parte está com fome. (Apoiados).

Vamos votar esta proposta e temos de partir do princípio de que dentro de breves dias temos do votar outras propostas beneficiando outros funcionários. Já nesta casa se encontra há muito tempo uina proposta que diz respeito aos funcionários administrativos e que há absoluta necessidade de sor aprovada (Apoiados], porque eles estão em condições muito mais desgraçadas que a classe ferroviária, pois que há funcionários administrativos que apenas conseguem angariar Í5$ ou 20$ por mós, muitas vezes com' mulher e filhos.

Mas em quanto não se pode votar uma proposta geral de benefício para os funcionários públicos, vote-se esta proposta, porque, as circunstâncias a isso nos obrigam, coiiio amanhã elas nos obrigarão a votar a outra, j Não tenhamos dúvidas l

Etário da Câmara dói Bepuladít

Estamos perante uina questão mais grave que à dos ferroviários: é a questão dtís funcionários públicos, quê todos os dias reclamam' è já de modo a fazer-nos crer que alguma cousa grave se vai passai*.

Não nós queiramos iludir, d movimento do funcionalismo pode ser Uma cousa grave e atingir proporções quê até hoje inuita gente terá ignorado.

Qiíeré queiramos, qúéré hão queiramos, teínos de atender à situação precária em que se este debatendo ò funcionalismo administrativo e do Estado, è não podemos esquecer neste número os funcionários militares. Quando amanhã votarmos a equiparação de vencimento, não poderemos esquecer que um capitão do exército português ficará ganhando menos do que um terceiro oficiai de uma repartição pública. Equiparando os vencimentos de todos os funcionários praticaremos uma obra digna é louvável, concorrendo para o prestígio da República.

Não fica, porém, jjjor aqui à questão do possível aumento de vencimento aos funcionários.

Temos uma corporação das mais heróicas do País é que tem sempre trazido

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Pátria e da Kepública: a corporação da marinha, que se queixa do estar pior remunerada do que outra corporação rnilir tar, como seja a guarda republicana.

Esta corporação de marinha, tarh nobre, tam altiva e tám eminentemente republicana, não poderá ser jamais esquecida, tendo jus â que os seus vencimentos sejam também aumentados.

Votar-se ííá, hoje, a proposta de lei que melhora os vencimentos aos ferroviários, e em breves dias vamos apreciar outras propostas atinentes a beneficiar as condições de vida de outros prestimosos servidores do íaís.