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O Sr. Ministro da Àgriéultura (Joaquim Ribeiro) : — Sr. Presidente : eu agradeço ao Sr. Manuel José da Silva o proporcionar-me ocasião de o elucidar, e à Câmara, sobre o que tem sido, desde que estou no Ministério, o meu critério na aquisição de trigos.

Quando eu' entrei para este Ministério havia uma necessidade urgente e absoluta na aquisição de trigos. E, como S. Ex.a sabe, anteriormente tinham havido propostas de trigo muito vantajosas para o Estado, em virtude das quais se preteriram outras, possivelmente a aceitar, do que 'resultou o Estado perder 12:000 contos,. grosso -modo. Ainda hoje e todos os dias, depois que estou no Ministério, é oferecido trigo ao Governo a cotações de preço excepcionalmente baratas.

Ora eu, tendo de adquirir imediata mente trigo, parto do princípio de que se devem preferir as propostas que indicassem navios a chegar ao Tejo. De resto, tenho inclusivamente uma espécie de lista naoT9. rta fornfir.fiflores n no. tendo nroiné-

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tido ao Estado trigo a preços vantajosos, faltaram aos seus contratos, trazendo, como já disse, para o Tesouro um pre-

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- O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — V. Ex.a dá-me licença?

j Sabe V. Ex.a a razão única desse facto que acaba de apontar? É porque os Governos não se têm acautelado devidamente, exigindo- caução a todas as criaturas que contratam com o Estado.

O Orador : — j Mas só se pode pedir caução depois da confirmação da encomenda ! j Se eu fosse pedir caução, antes de confirmar uma encomenda, não tinha aceitação de nenhum comerciante!

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — j £ V. Ex.a pode informar-me se o crédito mandado abrir pelo Q-ovêrno a favor duma firma comercial portuguesa foi realizado depois de confirmação ? !

O Orador: — Diga V. Ex.a o nome dessa firma; não tenha receio!

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis) : — j É a firma Rugeroni & Ru-geroni !

Diário da Gamara do» Deputados

O Orador:—Esse crédito não foi mandado abrir depois de confirmação, e se foi com informação desfavorável a responsabilidade não é minha; e tanto que, depois de eu entrar para o Ministério,f e-nho empregado todos os esforços para poder atenuar as consequências desse abuso, não tendo dúvidas, até, em exigir que o gerente dessa firma seja preso como autor duma chàntage (Apoiados).

Com a necessidade urgente que tinha aceitei ofertas de trigo, mas actualmente .não compro trigo por ter assegurado até Março o seu fornecimento.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro de Interior (Domingos Pereira): — O Sr. Manuel José da Silva, referindo-se às verbas pagas pelas casas de jogo à polícia, disse que, desde o tempo em que o Sr. Sá Cardoso se encontrava no poder, vem pedindo informações a respeito do quantitativo dessas verbas e do dostino que tiveram.

Tenho a declarar a S. Ex.a que logo que entrei para o Governo procurei saber qual é o quantitativo dessas vorbas e em que são aplicadas, contando,.dentro do muito T)GUCOS diíio trazer à Câmara, alem de informações relativas à actual situação das casas de jogo, aquelas a que se referiu o Sr. Manuel José da Silva. , "

Aproveito a ocasião de estar com a palavra para declarar a V. Ex.a que estou habilitado a responder à interpelação que me foi anunciada pelo Sr. António Gran-jo sobre casas de jogo.

O orador não reviu.

. O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Sr. Presidente: agradeço ao Sr. Presidente do Ministério as informações que me acaba de dar, e ao Sr. Ministro da Agricultura a ^deferência da sua resposta.