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SettSo de 27 de Fevereiro de

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Afirmou S. Ex.a que os elementos que constituem as câmaras municipais, os administradores de concelho o todas as entidades em contacto com o Ministério da Agricultura são os primeiros a negociar com o açúeer que lhes é distribuído, £ se assim é, de quem é a culpa? Do Governo, exclusivamente do Governo, que abriu o precedente de não chamar, aos tribunais os administradores dos celeiros municipais. . . '

Há dias, por uma gentilesa do Sr. Ministro da Agricultura, me foi fornecida uma nota dos débitos desses celeiros, e eu sei que há muitíssimas sindicâncias cujos resultados demandavam imediata intervenção do Governo e que foram mandadas arquivar por determinação de vários directores gerais.

Só este Governo se sente impotente para governar, que deixe o lugar a quem de direito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (António Fonseca): — Eu não posso deixar de responder às considerações do Sr. Deputado por S. Ex.a fez unia afirmação que é inexacta.

Eu não disse que me era indiferente a saída do* ouro para o Brasil. A Companhia dos Tabacos faz a sua produção habitual. As circunstâncias da lalta de tabaco não se dão apenas em Portugal, mas em todos os países do mundo.

Com respeito ao assambarcamento, eu devo dizer a V. Ex.a que o caso não é comigo.

Interrupções de vários Srs. Deputados.

O Orador: — O tabaco que se produz não chega para o consumo.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis) (interrompendo}:—V. Ex.a pode prometer-me o seu assentimento a um projecto tendente a. diminuir os direitos de importação no tabaco açoreano.

O Orador:—V. Ex.a compreende que eu não posso comprometer-me num assunto desta naturesa, sem primeiramente o estudar.

Dar o meu assentimento, assim de cor, isso não posso fazer.

O Sr. Ministro da Agricultura (Joaquim Ribeiro): — Sr. Presidente: poucas palavras.

O Sr. Manuel José da Silva fez considerações de que tomei conhecimento.

S. Ex.a declarou depois de eu sair da sala, que havia o caso dum director geral que arquivava as sindicâncias dos seus funcionários.

xLí uma acusação grave de que tomei nota.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Referi-me ao caso de Beja, em que foi arquivada uma sindicância ...

O Orador: — Se assim fosse, uma medida tinha que ser tomada contra alguns directores gerais : era o que suponho pela informação dada por V. Ex.a

Esse director geral das subsistêucias, está na cadeia aguardando julgamento.

Mas não deixa de ter gravidade a afirmação de S. Ex.a

Pode S. Ex.a estar certo da minha boa vontade cm proceder o melhor passível, com violência até e energia se o julgar necessário.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Eduardo de Sousa:—Mando para a Mesa o parecer da comissão de comércio sobre o projecto, de lei n.° 359-E que estabelece uma" nova tabela de emolumentos a cobrar nas contrastarias do País.

O Sr. Presidente: —Vai entrar-se na ordem do dia.

ORDEM DO DIA

Continuação da discussão da proposta de lei respeitante aos ferroviários do Estado

Ê lida na Mesa a moção do Sr. Júlio Martins, e admitida. Ê a seguinte:

Moção

A Câmara reconhecendo a importância do assunto em discussão continua na ordem do dia,—Júlio Martins.