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ou se está afirmando que a comissão de guerra tomou essa deliberação?

O Orador: — Eu tinha a convicção de que a comissão de guerra chegou a estas conclusões.

O Sr. Pereira Bastos: — V. Ex.a está equivocado.

Não sou capaz agora de poder reproduzir o quo se disse na comissão, mas a prova de que V. Ex.a está equivocado é que tanto o parecer, que está impresso e assinado por vários Srs. Deputados, como também as emendas que mandei pára a Mesa-, que estão igualmente assinadas, não estão de acordo com o que V. Ex.a diz.

V. Ex.% estando a dizer que as conclusões não -são as do parecer, deixa mal colocado não só o relator, como .o presidente da comissão de guerra.

O Orador: —V. Ex.a não ouviu bem o

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Efectivamente, na reunião a que eu assisti, pareceu-me que eram estas as conclusões a quo se chegou, mas o equívoco jusíiíica-st) porque o projecto foi novamente discutido numa outra reunião da comissão de guerra, a que mo foi impossível assistir, e nela se produziram opiniões que representavam conclusões diferentes.

Sr. Presidente: eu quero justificar as razões que tenho para não concordar com algumas das conclusões do projecto.

Entendo que os oficiais quo Obtão na situação de reserva, e que foram reintegrados, devem passar à sua situação anterior de reforma mas no posto que tinham quando foram reintegrados. O contrário disto não é justo.

Os oficiais que desertaram para não ir para a guerra não se compreende que sejarn agora reformados. Os que desertaram, em meu entender, devem" ser demitidos. As criaturas que, no momento em que o País atravessava uma situação angustiosa, quando a n;ujão apelava para todos os seus filhos, se eximiram ao cumprimento dos seus deveres, são dignos da mais acre censvra e nada merecom que os possa favorecer. Esses oficiais, entendo eu, devem ser separados do exército.

Diário da Câmara dos Deputados

Irnpõe-se um saneamento, que deve começar por essas criaturas, indignas de vestir unia farda.

Aqueles que desertaram para fugir ao castigo que a Kepública lhos impôs por terem lutado contra ela, também não se compreende que continuem no activo, pois devem ser, como os outros, demitidos. -

O exército deve ser republicano, pois não é admissível que dentro do exército continue a haver oficiais que já deram mostras de que não eram republicanos e que, para se eximirem ao justo castigo que a República lhes impunha, desertaram.

Se há oficiais nessas condições, entendo que devem ser demitidos. • Sr. Presidente: não tendo, por agora, nada mais. a dizer sobre este projecto, termino as minhas considerações, reservando-me para oportunamente mandar para a Mesa as emendas que julgo necessárias. -

Tenho dito.

O Sr. Hermano de Medeiros: — Sr. Presidente: como o Sr. Pereira Bastos ao usar da palavra mandou para a Mesa umas emendas que reputo importantes e como entendo que pela simples leitura quê delas vai ser feita" na Mesa, a Câmara não tomará perfeito conhecimento, roqueiro, a fim de se votar' este projecto com consciência, que as .emendas apresentadas pelo Sr. Pereira Bastos sejam impressas e dis-.tribuídas na Câmara.

O Sr. Pereira Bastos:—Pedi a palavra para declarar que a comissão dê guerra tem todo o empenho om que esta questão se discuta o mais rapidamente possível, não fazendo questão alguma das suas opiniões»

.Como já disse, se se propõe meter os desertores para dentro dos reformados, ó porque muitos deles, a maior parte, estão já ilibados pelos tribunais.