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ro-o bastante pelas suas .qualidades. E permita-me S. Ex.a que lhe diga que a circunstância de lhe terem apresentado números que indicam o pr'eço do calçado manufacturado no Depósito de Fardamentos não quere dizer que não seja possível dar grandes golpes para fazer baixar esse preço, porque, infelizmente, eu sei o que é a administração pública, em todos os seus -ramos.

O Orador: — Concordo .em que muitos serviços estão mal organizados, mas a verdade ó que eu não posso iutervir em assuntos que não correm pela, minha pasta.

O orador não reviu.

O Sr. Lúcio de Azevedo (para explica-' coes]:—Sr. Presidente: pedi a palavrapara agradecer as explicações dadas pelo Sr. Ministro do Comércio em relação às pre-guntas que tive o ensejo de formular. No que respeita à questão do Douro, foi com profunda satisfação que ouvi as decla'ra-ções 'de S. Ex.a Sabe a Câmara que íui eu o Deputado que mandou para a Mesa, em devido tempo, um nota de iuterpela-

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eu português e republicano, e estando convencido de que a nossa pavorosa situação ó modificável e que a factor «quedas de água do Douro» ó elemento -da máxima importância para a nossa economia, tenho por isso acompanhado coni o maior cuidado o carinho a polémica que tem sido suscitada a propósito do assunto. É, pois, com inteira satisfação, que registo as declarações do Sr. Ministro do Comércio, que não podiam ser outras em face do direito internacional e das convenções que mantemos com a Espanha, e outra também não podia ser a atitude do Governo Português em face das pretensões, umas legitimas outras ilegítimas, de dois grupos que se dogladiarn para obter a caucessão das quedas de água. - Sobre o preço do café, disse o Sr. Hi-nistro do Comércio que só por si não podia resolvar o assunto. No momento grave para todos nós, sinto uma. afirmação dessa natureza. A carestia da vida é um problema nacional que não pode ser resolvido por uma pasta, pode sê-lo por duas, por três ou por todas as pastas. Havendo energia, havendo método, alguma

Diário da Câmara dos Deputadcs

solução se podo obter para o problema da carestia-da vida.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo' Orador, quando forem devolvidas, as notas taquigráficns.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Jorge Nunes): — Surprccnde-mo o ataque quo o Sr. Lúcio do Azevedo acaba de fazer pela minha falta de intervenção acerca da carestia da vida.

Disse quo das nossas colónias já só não podia esperar íain cedo a maior parte dos géneros indispensáveis à nossa alimentação, porquo, estando afastados 'tio litoral, não só encontravam em condições de sei' transportados.

Evidentemente, não podia dizer que os meios do transporte de que dispusesse seriam regateados aos colegas.

Acerca do problema d;v carestia da vida, o que posso garantir a S. Ex.a ó que, na medida das nossas disponibilidades, todas as vezes quo os ineus colegas me pedem navios ponho à sua disposição os transportes de que S. Ex.as carecem. E o quo está combinado entro nós.

Nunca faltei com os elementos .essenciais para a resolução dôsso problnma todas as vezos que o Ministério tratou do assunto. Já está resolvido en'rc nós tornar uma providencia que imediatamente surtirá os seus efeitos.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Vai passar:se à ordem dó dia. Os Srs. Deputados que tiverem documentos a mandar para a Mesa podem íazê-lo..

O Sr. Presidente:—Vai prosseguir a discussão, na especialidade, 'da proposta de lei, apresentada pelo Sr. Ministro do Comércio e Comunicações, sobre aumento de vencimentos aos ferroviários do Estado.