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Sessão de 2 ãe Março de 1920

frente o problema dos combustíveis e o resolva consoante as necessidades nacionais.

O Sr. Ministro do Comércio declarou ontem que não havia falta de transportes e que, bem ao contrário, havia excesso.

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Eu desejava que o Govôrno, presentemente representado, nesta casa, polo Sr. Ministro da Justiça, me dissesse qualquer cousa sobre o assunto, e transmitisse *os seus colegas os meus desejos, que tenho, de os ver enveredados pelo caminho da boa administração, por modos racionais e patrióticos, em vez de, infelizmente, ver que caminhamos para o abismo o para a ruína.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Ministro da Justiça (Mesquita de Carvalho): — Ouvi as considerações de V. Ex.a e devo dizer que as transmitirei ao Sr. Ministro do Comércio.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros encontra-se na outra Câmara, mas já foi avisado para aqui vir

Tenho dito.

O Sr. Plínio Silva: — Costumo, Sr. Presidente, procurar íalar sempre com a maior clareza, pondo por vezes alguma violência nas minhas palavras, em° virtude da grande sinceridade, mesmo pai xão e .entusiasmo com que trato das quês toes que debato. E se, Sr. Presidente, o assunto que levanto tom um aspecto delicado que possa sensibilizar-me pela gravidade que para mim represente, redobro então o vigor das minhas expressões para que bem possam benéficamente ferir a atenção dos que me escutam.

Começarei por declarar que não tenho o mínimo intuito de melindrar ou atingir menos honrosamente seja quem for, não querendo, porém, isto dizer que não assuma inteira e completa responsabilidade das palavras que vá empregar se porventura, em impulsos de justificada indi-

gnação, elas me fugirem com violência extrema tia boca.

Falamos constautemente de crises: política, financeira, económica, artística e tantas outras mais ou menos graves, de consequências ameaçadoras e inquietan-tes; mas -a única que, na verdade, nos pode subverter rapidamente, sem o mínima apelação, é a de carácter; quando ela •for.total nada nos poderá salvar.

Eu recordo-me bem dum plebiscito ainda não há muitos anos feito, quando duma situação aflitiva que atravessamos. Várias individualidades notáveis a apreciaram então, discutindo cada uma delas as crises que tínhamos atravessado, encaradas debaixo do vários pontos de vista. Entre os indivíduos que se pronunciaram figurava o general Morais Sarmento, que ó, sem dúvida alguma, no nosso meio uma das criaturas que, pela sua autoridade muito especial, pesani bem com as suas opiniões

Ora, Sr. Presidente, há sintomas permanentes que nos mostram para lá caminharmos. Não é, na verdade, uma pequena amostra do que estou dizendo o presentemente nós levarmos a vida quási única e exclusivamente procurando pequenas faltas ou defeitos a tudo e-a todos e avolumando-os, sofismando-os ou dotur-pando-os, tirar conclusões menos harmónicas com a verdade, para assim deprimir e depreciar um inimigo político? ,iNão era mais nobre e útil para o país procedendo ao contrário, isto é, notando as virtudes e demais qualidades, valorizando-nos todos o máximo uns aos outros? ^ Porque não olhamos para os maus exemplos vindos de trás, não insistindo na sua repetição ?