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Sestão de 2 de Março de 1920

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O Sr. Cunha Liai:—Pedi a palavra para agradecer ao Sr. Plínio Silva...

O Sr. Plínio Silva: — Nada tem que agradecer.

O Orador : —... a amabilidade que teve para comigo em querer levantar uma causa que talvez só a mira diga respeito directamente.

Vozes:—E à Câmara também.

O Orador: — Sr. Presidente: não lê vantei eu essa questão e não a levantaria' porque entendo que as cousas vêm de onde vem. Ofende quem pode; não ofende quem quere! (Apoiados).

Ouça-me bem a Câmara. Registe-se bem o quo vou dizer, para que o saibam os Srs. Deputados a quem me tenho de referir e que sinto não ver presentes.

Claram.-nte, categoricamente, digo h Câmara quê não me sinto absolutamente em nada ofendido por eles. Suponho que es^tas minhas palavras dão a nítida im pressão do que eu queria dizer. E nada mais, porque o muito respeito que tenho pela Câmara não me permite que eu pronuncie as palavras que deveria pronunciar.

NTão me ofendendo, pelo motivo que acabo de dizer, as palavras do Combate, não levantei a questão; e se tomei a palavra não foi para repelir qualquer insinuação, mas simplesmente para agradecer ao SP. Plínio Silva a gentileza da sua atitude.

O orador não reviu.

OÊDEM DO DIA

O Sr. Presidente: — Vai entrar em discussão o parecer n.° 186.

O Sr. Cunha Liai: — Pregunto a V. Ex.a o que está em discussão?

O Sr. Presidente:—É o parecem.0186.

O Sr. Cunha Liai: — Ontem houve um requerimento para entrar logo em discussão uma proposta que estava na ordem do dia.

O Sr. Presidente: — Não foi bem assim. O requerimento foi paxá se sustar a dis-

cussão até o Sr. Presidente do Ministério trazer à Câmara o resultado do que se passara em Conselho de Ministros.

O Sr. Presidente do Ministério (Domingos Pereira): — Mesmo qne o Sr. Cunha Liai se não tivesse referido ao requerimento, eu pediria a palavra, pois me reservava o direito e obrigação de o fazer o mais depressa possível. Não quero dizer com isto que fosse hoje; mas tomei o compromisso de vir aqui fazer a declaração de que o Conselho de Ministros deliberara.

Sr. Presidente: eu disse ontem que não podia dizer qual era a atitude do Governo perante a proposta dos ferroviários, em vista da atitude que eles tinham tomado.

Ouvido o Conselho de Ministros, estou autorizado a declarar qne o Governo mantêm a mesma atitude que tinha na sessão de sextu-feira passada.

O Governo solidariza-se inteiramente com o Sr. Ministro do Comércio e entende que é prejudicial e inconveniente a suspensão da discussão desta proposta. (Apoiados).

Vozes:—Muito bem. Vozes : — Muito mal.

O Orador: — Continuo a dizer que o Conselho de Ministros acha inconveniente a suspensão da discussão desta proposta.

A Câmara resolverá na sua alta soberania como entender.

O orador não reviu.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis):—Roqueiro que se abra uma inscrição especial sobre as palavras da declaração do Sr. Presidente do Ministério

Foi rejeitado.

O Sr. Pais Rovisco: — Roqueiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.° do Regimento.

Procede-se à contraprova.