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ceridadV Tenho pelo Sr. Domingos Pereira uma consideração que é mais que consideração, é estima. Não sei se S. Ex.a tem por mim a mesma estima.

O. Sr. Domingos Pereira: — ^V. Ex.a dá-me licença? Por'mais duma vez tenho prestado a V. Ex.a as minhas homenagens que não têm' sido senão sinceras.

O'Orador :~É por isso que-digo a V. Ex.a que caiu e caiu muito bem. Essa história está feita.

O Grupo Parlamentar Popular foi chamado "a comparticipar do Poder. Vi que a atitude do Grupo Popular tem espan: tado os políticos da nossa terra. Quando se vê alguém na nossa terra bater o pó parte-se sempre desta hipótese: são uns tantos ambiciosos, arregimentados por um ambicioso ainda maior, que querem governar o país como tantos imbecis o têm governado há uns anos a esta parto.

Não só Huuiitõ quõ esse grupo do criaturas arregimentadas, o único que tem'um chefe que a. toda a hora ó indicado para que só veja que 'tem disciplina dentro de si, o único que dentro desta Câmara, uma vez tomada uma atitude, a manteria a todo o custo, não se admite, repito, que essas criaturas andem a perturbar a vida portuguesa senão por -ambição do Poder.

Sr. Presidente: esses queriam provar apenas que eram inteiriços, feitos duma só peça, tendo apenas um ideal a norteá-los^ o bem da Pátria. Esses homens chegaram lá e encontraram obstáculos. O primeiro obstáculo que houve para as primeiras combinações ministeriais foi não se querer o Sr. Júlio Martins na pasta da Guerra. Acusou-se o Grupo de querer a pasta da Guerra apenas para fazer golpes de Estado, para ter o exército na mão e para estar no Poder eternamente. Não é verdade isto.

Há inuito tempo que na vida política portuguesa o Grupo Parlamentar Popular vem pregando a intransigência a todos os adversários da República. Fez-se a experiência das transigências —ô eu já fui homem de transigências também— mas chegámos à conclusão e à convicção abso-. luta de que as transigôacias nunca desar inani o adversário e são tomadas por ele como covardia.. O Grupo Parlamentar Po-fular convenceu-se disso e queria pôr o

tHâricTda? Câmara dos í)eputados

Sr. Júlio Martins na pasta da Guerra porque sabia que S. Ex.a, apesar de ter um corpo franzino, tem uma alma grande e, quando se trata do bem da Pátria, "tem pêlos no coração.

Mas apesar disso lá vinha escondida a insinuação de que S. Ex.a queria ter uma pasta apenas para fazer um exército de «populares», para que os «populares» eternamente governassem eu. Portugal.

Sr. Presidente : sabiam os que nos conhecem que não nos importamos com chicanices da vida política portuguesa.

Queremos inaugurar neste paia- a política do falar claro, de falar alto, de ^i/er a verdade, de pregar uma expcr-:'(;àc d« princípios, a dentro do Governo, quo T.O.-;-.sámos realizar. E a primeiro cous;» quo. ao serem-nos entregues quatro pni-.í •:•-•., nos pediam era transigência quo CM ;!iuU dignificava o Poder.

O Sr. ex-Ministro do Comércio t'>iha as suas cousas preparadas, sabhi (/••. , ^e fosse Ministro do Oomércio o Div.Mti.ido que está falando, ele havia de i'iijí::;rir, sem mudar uma linha, todas a^ ai! n nações que fizera na oposição. (A^o-i-ooa).

Sabia que esse político uisi-oir, que era preciso resgatar as linhas AVivus e que, se estivesse, na pasta do Cuinórcio, dentro duma semana tinha efecíuado esse resgato.

Sabia que tinha declarado iloi^l ti portaria de Dezembro de 1919 que modificava o sistema tarifário, e que, se fosso Ministro do Comércio, traria ao Parlamento uma medida no sentido de tornar-nula essa portaria.

.Sabia que, tendo considerado 'má a solução da greve ferroviária, pediria ao Par- c lamento que ficasse sem efeito esse decreto, para em seguida só estudar em conjunto toda a situação do funcionalismo português e todo esse problema. Sabia que a sua intransigência ora de ferro.