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Diário da Câmara dos Deputados

extraordinária, pois mais não se podia esperai:. A comissão não teru mai:1- trabalhos colectivos. '

O Sr. Eduardo de Sousa: —O Tratado foi oficialmente apresentado à Câmara em 27 de Janeiro.

O Sr. Barbosa de Magalhães: — Primeiro foi distribuído o texto em francês e depois foi distribuído o texto eni portu-guôs.

Eu fui encarregado de fazer o relatório, 'inas as perturbações políticas inter-'nasr derani em resultado esta demora.

E o quo tenho a dizer a V. Ex.a, mas^ se V. Ex.a não ficou satisfeito, o Governo poderá dar mais explicações.

O Q?ador: — Devo declarar a V. Ex.a que não veja nas minhas palavras a mais levo censura ao seu procedimento; de forma alguma. Aliás tenho sempre demonstrado ter por V. Ex.a aquela subida consideração a que tem direito pplíis suas invulgares' qualidades. Estou certo de que se miai-! não foz foi por quo a isso obstaram dificuldades de variadíssima naíu-rsz íi /

Ora essas dificuldades ó que eu desejava V, Ex.a expusesse à Câmara; todos-nós nos devíamos manifestar, reagindo, para as vencer. Não compreendo que elas só a nós só nos apresentem e que por isso outros países façam e alcancem mais do que o nosso.

Eu fui um dos portugueses que, com " vivo entusiasmo, constatei o interesso com qne lá fora os estrangeiros nos iipreciam, tendo sempre manifestado grande admiração pelo nosso gigantesco esforço; não foi também com menos prazer que ou vi, ' dia a dia. de quanto nós, portugueses, somos capazes,-fazendo o mesmo, ou mais ainda, que os outros. • Chegámos a fazer impossíveis ! .. . •

(i E se nós fon, do casa assim somos, porque não havemos de, em. toda a parte, assim sempre ser? ...

Sou sempre muito lia-1, e por isso as observações há pouco levantadas íbrçam--rno a insistir .num ponto.

Na minha moção há afirmações e manifestações do meu modo do ver, mas que jamais poderão ser tomadas pelo ilustro relator, Barbosa do Magalhães, como depreciativas

do seu relatório, que eu sou o primeiro a classificar de documento de valor, rliás ela está redigida por uma forma quo só nobiliíu o Parlamento, quo declara aceitar e respeitar o Tratado, estando con- • vencido de que os seus efeitos, por nina conveniente execução, estão principalmente dependentes dos indivíduos que constituem a sua comissão executiva, e mais destes quo da letra do próprio Tratado.

Não quero deixar de bem frisar também que se o Tratado só neste momento ó posto à discussão nisso cão tem o Parlamento a mínima culpa. • Em todas as oportunidades pugnarei pelo prestígio parlamentar e de todas as instituições que nos regem. Não consentirei a continuação do velho hábito de atribuir ao Parlamento a responsabilidade de tudo que de mau nos acontece. Situações claras pura que todos se entendam..

Não dispenso que ao Podo r Legislativo sejam dadas cabais explicações de tudo o ue sobre o assiuito om 'dit;cu^yãG uo u as-

l J.

sou e. muito em particular, porque só agora foi o Tratado dado para discussão. Esta Câmara foi propositadamente" convo-uuuu pura êsso fim, tendo-se ato antecipado as eleições, e ou lembro-me bom do próprio Sr. AfuiibO Cosia,- a quem presto a minha homenagem, ter instado com. os parlamentares que se encontravam fora do País para que recolhessem rapidamente a Portugal para discutirom o Tratado.

Mas os meses foram decorrendo, uns após outros, e a discussão não se fez a tempo e horas como seria conveniente. Diz-se qne as cousas mudaram, mas pre-gunto eu,

Tudo isto é para mini muito melindroso, pois não pqsso convencer-me de que isso soja filho do acaso como alguns querem.

Aprovo o Tratado, já o declarei, mas não considero o assunto liquidado; alguns pnotos ficam bastante conf^os 110 mcv. espírito e não me. dispenso do obter os esclarecimentos complementares que- reputo mdis pensáveis.

7roGam-ae apartes.