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Sessão de 20 de Abril dt 1920

tas delas não podem ser fiscalizadas com a devida -eficácia, a não ser que o moageiro a que V. Ex.a sé referiu diga qual o modo como elas são feitas.

O Sr. Cunha Liai:—Mas V. Ex.a está a referir-se a um moageiro em qae ninguém falou, e eu não posso consentir que V. Ex.a continue nessa ordem de ideas.

O Orador:—V. Ex.a disse à Câmara que tinha informações dum moageiro...

O.Sr. Cunha Liai:—Perdão, o que eu disse foi que tinha um documento que até mostrei ao Sr." Lima Alves, Senador. ..

O Orador:—Eu compreendi que V. Ex.a tinha obtido essa informação dum moageiro ... / ~ O documento que V. Ex.a aqui trouxe também eu'o tenho no meu gabinete.

O Sr. Cunha Liai:—Mas o que á preciso que fique assento é que eu não falei em moageiro í...

O Orador:—S. Ex.a deu à sua palavra de honra de que as afirmações que fazia nlo eram pura fantasia sua e pareceu-me depreender que lhe tinham sido fornecidas por um moageiro.

Mas se S, Ex.a me diz que não falou em moageiro não me referirei mais a ele.

O Sr. Júlio Martins:—j Se S. Ex.a quere avançar, avance!...

• O Orador: — | Não há considerações de ordem política ou "do qualquer outra ordem que me inibam de dizer o que eu entendo, que devo dizer!

O Sr. Júlio Martins:—j S. Ex.a está constanternonte nessa scie do moageiro!

:—Creio qne o Sr. Cunha Liai devo dar-se por satisfeito: desde que se não referiu ao moageiro, também eu me não referirei.

O papel que S. Ex.a tem em sou poder, taiubOm ou o tenho no meu gabinete, o nol~ -)vova a moagem qiu: r>£io pode ira-

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Reputo que não è excessivo por uma razão. A moagem não trabalha em pleno todo o ano por virtude de ter uma capacidade de produção maior que a capacidade de consumo. Tem, portanto, de limitar a'produção.

óQual é a solução do problema? É reduzir o número de fábricas.

j Actualmente temos umas 40 e tal fá-' bricas, mais do que as que possui a Espanha.!

O mal da panificação é haver muitas padarias, e eu entendo que deve reduzir--so o seu número.

Quando o Sr. Bernardino Machado foi Ministro das Obras Públicas, no tempo da monarquia, marcou- o limite das padarias, o que fez com que se levantasse o Carmo e a Trindade P

Alei ein vigor permite a-distribuição de trigo às fábricas matriculadas, e eu entendo que isto deve acabar.

O Sr. Júlio Martins:—

O Orador:—Perdão! O Ministro da Agricultura actua],-quando tomou conta da sua pasta, foi., informado por um director geral de que havia um barco com 4:000 e tal toneladas de- trigo ò que se deviam às fabricas de rateio 2 ou 3 milhões de quilogramas.

Preguntei -se todas essas fábricas estavam em laboração e respondou-se me-que algumas não estavam. Então mandei distribuir o trigo só a metade das fábricas que estavam laborando e, isso, mesmo, quatro dias depois, mandava-o recolher.

O Sr. Presidente: — É a hora de.dar a palavra aos Srs. Deputados que a pediram para antes de se encerrar a sessão.

O Orador: — Não posso deixar de responder ao Sr. Cunha Liai. Farei mais algumas considerações e amanhã continuarei.

Qaanto à fraude da panificação, referiu-se o Sr. Cunha Liai creio que à po-neiração. Kssa nào se pode fazer porque o peneire deve ostar selado.

O Sr. turíir, ai

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