O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8

nho o máximo respeito e consideração por V. Ex.a, mas o facto é que V. Ex.a não tinha o direito de fazer isso. . (Muitos apoiados).

O Sr. Presidente do Ministério e Minis-ro do Interior (António Maria Baptista):— V. Ex.a está enganado. Eu não mandei soltar ninguém; apenas mandei pôr fora das prisões quem não tinha cadastro.

(Vários apartes).

O Orador:—Para terminar, direi a S. Ex.a o Presidente do Ministério que quem assina a nota contendo os quesitos a que há pouco me referi, li, é o Sr. tenente-co- ronel Liai de Magalhães.

Felicito-me por ver que o Sr. Coronel Liai de Magalhães se encontra absolutamente integrado na República, constituindo uma das colunas da sua sustentação.

Não são portanto as minhas palavras de menoscabo pela atitude de agora assumida por S. Ex.a

Não deixarei porém de- significar que quando o Governo, ou os seus agentes exercem perseguições contra aqueles que têm estado sêiuprõ indefectívelmentô, ao lado da República, a criatura que serve para levar -a cabo essas perseguições, é o Sr. Coronel Liai de Magalhães, que aliás teve com muito prazer no seu boné de infantaria n.° 29, a coroa da Traulitânia.

Mais nada.

O discurso será publicado na integra quando . o orador haja devolvido as notas taquigráficas.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria Baptista):— Sr. Presidente: o Sr. Deputado e meu ilustre amigo o Sr. Álvaro de Castro acaba de formular um novo ataque que classificado de político pode ser contra o Governo a que presido.

Com toda a lialdado respondi a S. Ex.a sobre o caso de que havia tratado o Sr. Lereno.

Pela forma que a Câmara viu.

Aproveitando o assunto para formular um ataque ao Governo.

Friso isto para que a Câmara faça justiça a quem de direito.

Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Álvaro de Castro:—As minhas palavras só poderão constituir um ataque a V. Ex.a, se o Governo defender a doutrina que eu apontei.

O Orador: — Qual doutrina?

O Sr. Álvaro de Castro:—A dos quesitos.

O Orador.—Não estou referindo-me a isso.

Estou a frisar que V. Ex.a me fez uma pregunta à ,qual eu hoje respondi e que seguidamente V. Ex.a volta a falar, para formular um novo ataque.

Vozes:—Não apoiado.

O Orador:—Daqui não podemos sair por mais não apoiados que dêem.

S. Ex.a o Sr. Álvaro de Castro com as palavras feriu-se a si próprio e feriu o seu passado.

S. Ex.a no dezpmbrismo não andou às claras, mas sim às ocultas, de casa em casa.

O Sr. Álvaro de Castro:—Está V. Ex.a absolutamente enganado. Andei bem às claras. Toda a gente o sabe.

O Orador:—Por conveniência política certamente eu fui encontrar V. Ex.a oculto em várias casas, onde se conspirava. Agora não tem tido necessidade de andar escondido.

O Sr. Álvaro de Castro:—Lá chegaremos.

O Orador:—Não chega.

E muito apressado nas suas conclusões.

S^ V. Ex.a quisesse usar de lialdade política no assunto, limitar-se-ia a expor os factos e a preguntar se eu tinha deles conhecimento.

Eu responderia logo: sim ou não.

Se respondesse sim, então V. Ex.a carregava.

Eu depois me defenderia.

Falou. S. Ex.a nas iras do Governo.

(jQupm .tem estado sujeito às iras do Governo ?