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Diário da Câmara doa Deputado*

porque, ao mesmo tempo que se punia o crime, se não permitia que a calúnia vil abocanhasse a honra de determinados homens públicos. (Muitos apoiados).

Posto isto, permita-me a Câmara que eu responda agora ao aparte do Sr. Júlio Martins.

Se eu estivesse aqui- ontem, eu teria aconselhado o°Sr. Presidente da comissão parlamentar de inquérito a resistir a todas as explicações. Eu sou o primeiro a reputar imprudentes as afirmações feitas por S. Ex.a, mas nem por ter caído numa imprudência eu deixaria de cumprir b meu dever, e o meu dever era o de.impedir que impensadamente se lançassem às bocas do mundo as reputações de indivíduos que se sentam nesta casa do Parlamento, dever que havia fatalmente de cumprir ainda que fosse necessário demitir-se a comissão.

Aqui tem S. Ex.a como eu entendo que se. devia ter poeto a questão, para evitar esta ingrata luta entre republicanos, que só serve para desprestigiar a República.

O Sr. Manuel José da Silva: — Enlameando os .homens e falando om defesa da Republicai

O Orador: — Eu não estou enlameando ninguém. Polo contrário, estou sacudindo a lama quo foi lançada sobre alguns Deputados.

De facto-, os liomens públicos são como o vidro. A sua vida particular não pode ser diferente da sua vida pública. Não faço distinção entre dignidade política e dignidade particular. Evidentemente um homem, que na sua vida particular é menos honesto, na vida pública há-de ser, fatalmente, um homein desonesto. (Muitos apoiados).

Terminando, Sr. Presidente, paroce-me quo a todos se impõe um pouco de reflexão, e que não devemos dar ao caso uma im p o f t A, n cia que ele não tem, de forma a que, de cabeça erguida, possamos defender a República com absoluta autoridade moral.

O discurso será publicado Tia. integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigrâficas que lhe fórum enviadas.

Os «apartes» não foram revistos pelos oradores que os fizeram..

O Sr. Lino Pinto:—Eu tive, há poucas horas ainda, conhecimento de que na sessão de ontem tinham sido feitas referências ao meu nome.

Apressei-me, por isso, a vir a -esta casa do Parlamento pedir satisfações — permitam-me Y. Ex.a8 a frase pouco parlamentar— ao Sr. Presidente da (-.omissão parlamentar de inquérito, que as fizera.

Sr. Presidente: apesar de ser um espírito calmo, reflectido e sereno em todos os actos da minha vida, quer particular, quer pública, devo dizer que me senti deveras indignado, e, embora essa indignação'me desse jus a que eu fosse severo e muito severo, eu não o serei, e não o serei porque jamais esqueço as normas de boa educação, que herdei,' como jamais esqueço o respeito que devo a esta casa do Parlamento.

Fez-se uma alusão ao meu nome, alusão de que se fez eco a imprensa, e é por isso que eu neste momento quero pedir aos seus ilustre^ representantes o alto obséquio de reproduzirem bem as minhas palavras, para que o público, por intermédio dessa mesma imprensa, fique intei: ramente ao facto da verdade.

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consigo, infelizmente, descortinar o Sr. Vaz Guedes...

O Sr. António Granjo: — Devo dizer a V. Ex.a que o Sr. Vaz Guedes falou em nome da comissão de que ó presidente. Foi infeliz nas suas considerações, eu sou o primeiro a reconhecê-lo, mas o facto é que falou oficialmente em nome da comissão. Como faço parte dela também, eu poderei talvez dar a V. Ex.a os esclarecimentos de que carecer.

O Sr.- Mem Verdial: — Eu posso informar V. Ex.a de que o Sr. Vaz Guedes se encontra a trabalhar na comissão parlamentar de inquérito.

O Sr. António Granja? — A primei™ pessoa que eu encontrei foi o Sr. Vaz Guedes que me disse que estava trabalhando !

O Sr. Malheiro Reiraão: — De resto, a discussão foi ontem encerrada!