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l E depois sabe-se lá de quanto tempo perdido e de quantas somas gastas e de quantas as dificuldades para. acautelar devidamente os livros, para, no fim, resultaria sempre um edifício remendado e 1 imperfeito!

Mas além disto, Sr. Presidente, ainda seria necessário para ampliar o edifício, retirar dali o atelier de Columbano Bor-dalo Pinheiro e a Escola de Belas Artes í

; Eu entendo, Sr. Presidente, que não devemos continuar neste processo de reforma, de adaptar em vez de fazer de novo, representando isso sempre um gasto de verbas fabulosas, para afinal não termos nada de geito.

Os Ministérios, a Boa Hora, todas as nossas repartições públicas, os hospitais, a Biblioteca, de que. nos estamos ocupando. .. tudo é uma miséria.

Eu não tenho presente neste momento qual a verba destinada para a conservação e reparações dos nossss edifícios públicos, mas sei que á uma cousa inacreditável se compararmos o que se gasta com o pouco ou nada que nós temos.

Disse-me uma vez alguém, pessoa pur todos os titules competentíssima — o arquitecto Ventura Terra—que com a verba que anualmente se gasta com obras e reparações nos edifícios públicos podia-mos já ter hoje uns trinta magníficos palácios, onde estivessem condignamente instaladas todas as nossas repartições e montados todos os serviços, ao mesmo tempo que embelezavam a cidade; e representando isso ainda uma considerável economia para o Estado.

Afinal nada temos! E comtudoCessas verbas gastam-se, esbanjam-se criminosamente, à toa, sem critério e sem planos. (Apoiados).

Infelizmente, assim foi no tempo da monarquia e assim continua a ser no tempo da República.

A República, Sr. Presidente, ainda se não firmou por uma grande obra desta natureza; e a construção duma biblioteca pública moderna, digna das riquesas que a nossa biblioteca encerra, e que salvasse da ruína essas riquezas, seria o primeiro padrão que a República levantava para glória sua!

í Isto tem que se fazer, e o Parlamento da República não pode entravar tal obra!

Diário da Câmara dos Deputados

Eu desejaria que toçla a Câmara, que que todos os meus colegas fizessem a romagem Que eu fiz à Biblioteca Nacional (Apoiados), porque eles viriam para aqui com a mesma indignação que eu trago; e então, estou certo, todos pugnariam por esta idea, até que ela se tornasse um lacto, até que fosse dada a Lisboa, ao País, uma biblioteca como devia ser í

Tarn pouco presamos as nossas cousas e os nossos homens!

j Pois e mais perdurável monumento que nós podiamos levantar ao génio da nossa raça e à memória dês nossos maiores, seria um edifício próprio para guardar a nossa primeira, a nossa maior, a nossa mais 'rica biblioteca!

Nessa pequena amostra que foi a exposição recente, de livros, documentos, de verdadeiras preciosidades, algumas quási perdidas, outras p.or completo inutilizadas, encontram-se ao lado de exemplares raros, e até únicos, manuscritos referentes, por exemplo, às nossas colónias, às nossas navegações, à nossa história' emfim, manuscritos ainda não' estudados, de todo ainda desconhecidos, e que são páginas inéditas da* nossas glórias, documentos atestando a razão de ser &&. nossa nacionalidade!

E tudo isto prestes a perder-se, a ser levado pelo vento, desfeito em. cisco e em pó i

Desculpe-me a Câmara s.e. lhe tomo. ai-, guns minutos, mas vale a pena, visto que tam poucos dos meus colegas, visitaram a Biblioteca, ler-lhes, para seu conhecimento, este prospecto que está Afixado na», paredes húmidas da Biblioteca Nacional.

O Sr. Brita Camacho: — <íA p='p' de='de' colecção-também='colecção-também' essa='essa' está='está' almeida='almeida' fialho='fialho' colecção='colecção' em='em' risco='risco'>

Ainda há pouco ou assisti à inaugura-çãão dessa sala.