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Sessão de 2 de Junho de 1920

pôs lá mais engenheiros a ganharem esse ordenado/

^ Agora quere V. Ex.a saber o resto?

Portanto quem estipulou o ordenado a meu irmão não fui eu, mas S. Ex.a que, de resto, arbitrou o ordenado que dava já aos seus antigos engenheiros.

Mais, meu irmão já se tinha oferecido de graça há muito tempo, mas até hoje ainda não lhe foi dada resposta. Não foi aceito o seu oferecimento, apesar de ele querer dirigir a fábrica de graça, e simplesmente para provar que ela dava os lucros necessários, ao contrário do que dizia o Sr. Marrecas Ferreira.

Sr. Presidente: pelo engenheiro do Bairro, e agora deixo a entidade de irmão, foi feito um relatório, baseado nos preços de ocasião, em que se pediam 30 contos para pôr a fábrica em laboração e em condições de produzir os primeiros três meses. Só na ligação do cabo é preciso gastar mais de 2.000. Na cobertura metálica, gastar-se hão mais de 5.000$, etc. Isto é, só para pôr a fábricu em laboração são precisos 10.000)$, e nós já temos dois fornos montados, o barro que é de primeira qualidade, e uni telheiro já montado. Os outros 15.00j$0 são para férias e para pôr a fábrica em laboração durante três meses, que é o tempo necessário para se conseguir que ela faça aos Bairros Sociais a entrega inicial dos 5 milheiros de tejolo.

Todavia, para cima de rnim vêm todas as responsabilidades, todos os escândalos, todos os roubos que se têm feito, e ato, encapotadamente, se me quere atribuir a responsabilidade de incêndios. E é (por isso que eu apelei para o meu irmão para que não me deixasse comprometido, e todas as semanas vou ao Parque pedir aos rapazes que lá trabalham para que não mo comprometam, para que trabalhem e' produzam muito, em nome da amizade que nos liga.

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O Sr. Ministro do Trabalho (Bartolomeu Severino):—V. Ex.;i sabe quanto se gastou já com uma pedreira em laboração no Parque? 14 contos. Sabe qual foi a pedra fornecida?

O Orador:— Creio que 3 contos.

O Sr. Ministro do Trabalho (Bartolomeu Sevorino): — Mas pedra que vale apenas

200$.

O Orador: —V. Ex.a informe-se melhor.

Eu disse ao conselho( que autorizava a verba necessária para vir a pedra e para pôr a pedreira em exploração.

Desejaria que os membros desta Câmara fôssem'ver quanto custou em trabalho só a abertura das ruas.

O Sr. Marrecas Ferreira mandou entulhar a pedreira e deitar nos caboucos grande quantidade de pedra e a sua remoção importou numa quantia não inferior a oito contos.

• Mas repar.e V. Ex.a que a pedreira está hoje apta a fornecer ao Bairro do Arco do Cego 200 metros cúbicos diariamente e que ao preço de 5$50 faz uma economia diária de 1:000$, ou sejam 30iOOO$ num mês. Mas Sr. Ministro, não há industrial que consiga lucros sem empate de capital e eu parece-me que o Estado empatando 14 contos para ganhar l conto por dia fez um óptimo negócio, além da amortização que se fará ainda que lentamente.

Mas eu sei que estas coisas tam simples e comezinhas são a dificuldade dos empatas da nossa terra. E eu sei bem as dificuldades com que o Sr. Dr. José Do-mingues dos Santos lutou com a grande mentalidade • que dirije os bairros, para que S. Ex.a conseguisse do Sr. Pimentel a admissão da primeira comandita.

Agora é necessário que Y. Ex.a faça com que se forneça material para que essas comanditas possam trabalhar, e é bom notar que o Sr. Pimentel me disse que as comanditas só existiriam emquanto houvesse material.