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Como eu estava dizendo, o fornecimento da pedra dá uma grande economia aos Bairros Sociais.

As despesas com o transporte dessa pedra têm também de ser consideradas.

O Sr. Pimentel disse que se comprometia a fornecer camiões fazendo o transporte pelo preço das carroças, mas...

Apartes.

Eu afirmo que dedico aos Bairros Sociais tanta atenção e amor que os espreito sempre, tal é o medo que tenho de a reacção os deitar abaixo e se vá imiscuir nas melhores intenções dos republicanos. Oxalá que o Sr. Ministro do Trabalho medite bem nas minhas palavras, tendo os mesmos cuidados que teve o Sr. Domingues dos Santos, obrigando a trabalhar o Sr. Pimentel.

Têm V. Ex.as agora o concurso das ferragens.

Eu fui dos que disse sempre que os concursos se deveriam fazer pelas quantidades totais ou aproximadamente ao total, e que aos fornecedores se exigissem sempre as devidas garantias bancárias, a fim de que o Estado não pudesse ser ludibriado ; a idea da garantia é por consequência só minha.

Quando se realizaram os concursos de ferragens, eu, como delegado do Governo, quis também assistir a eles e de os fechar, porque o Conselho de Administração desapareceu como por encanto.

Foi exactamente por minha indicação que se fechou ,o contrato nessas condições, Q fui ainda eu quem levou ao Sr. Dr. Ramada Curto essa proposta para que a assinasse.

Pois agora, Sr. Presidente, pouco tempo depois da saída do Sr. Dr. Ramada Curto, recebia eu uma carta do Conselho de Administração convidando-me a entregar nos Bairros Sociais os tais documentos que se tinham levado ao Ministério e que me parece eu deixei no meu gabinete do Bairro Social.

Evidentemente não respondi, mesmo porque já tinha perdido todo o interesse por essa questão.

Recebi segunda e terceira cartas, ,;e sabem V. Ex.as a quanto chegou a audácia dum indivíduo, que sempre foi inimigo da República e que teve a coragem de o dizer, mas que está â comer à' custa dela?

Diário da Câmara dos Deputados

Essa criatura foi pedir a S. Ex.a o Sr. Ministro que o autorizasse a dar parte à polícia.

Ah! Sr. Presidente, os homens que não choram sabem defrontar-se muito bem, de cabeça bem erguida, e têm às vezes o condão de fazer doer.

Eu digo a V. Ex.a que tem o direito de exigir que os comerciantes assinem as condições dos contratos, sob pena de lhes exigir uma indemnização, que pode ser paga pelo dinheiro que eles lá tom.

Mas o ofício a que há pouco me referi levou o caminho de tantos outros que para lá têm ido, para os Bairros Sociais.

Sr. Presidente: eu tenho dito nas minhas considerações, e.continuarei a dizer, que folguei imenso e fiquei deveras satisfeito por ver que o Sr. -Ministro do Trabalho não foi capaz de refutar nenhuma das minhas afirmações; mas estou, no em-tanto, convencido de que S. Ex.a será o primeiro a mandar sindicar os actos do actual presidente, porque S. Ex.a é um homem do bem, um homem honrado.

Tenho dito.

Sr. Raul Tamagnini: — Pedi a palavra para mandar para a, Mesa. etn norrie da comissão de finanças, o projecto do Sr. Orneias da Silva, devidamente relatado, que diz respeito à situação dalguns funcionários aduaneiros.

O parecer vai adiante por extracto.

O Sr. Ministro do Trabalho (Bartolomeu Severino): — Sr. Presidente: duas palavras apenas, pois que já respondi ao Sr. Deputado em tudo quanto se me oferecia dizer sobre o caso.

Espero que a comissão de inquérito parlamentar, mais uma vez prestigiando a República, desfaça a atmosfera de suspei-ções que se levantou'" em volta dos Bairros Sociais, para que se faça a necessária justiça..

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: pedi a palavra, em nome da comissão de legislação civil, para enviar para a Mesa, devidamente relatados, os seguintes projectos.