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algum dos quais estou de acordo, mas não se esqueça a Câmara também1 de que ainda não foi apontada uma única medida emendando esses defeitos.

É porque a proposta tem em si própria um assunto muito delicado, por isso que é muito difícil legislar neste assunto.

É certo quê em muitos casos as suges* toes apresentadas não são as melhores > mas a verdade é que, no entanto, elas foram inseridas na proposta e eliminadas outras que eram piores.

Sr. Presidente: eu tenho muito que dizer, e começarei ás minhas considerações por estes pontos de vista gerais.

Em primeiro lugar, o País e a Câmara devem compenetrar-se, como o Governo já se compenetrou, da responsabilidade e da gravidade do momento presente.

Nós, portugueses, fomos para a guerra e estamos hoje numa situação orçamental e financeira que é melindrosíssima; que, sem exagero, se pode mesmo considerar pavorosa, situação que temos de solucionar com os nossos próprios recursos.

Quanto â empréstimo externo, quanto a ponto de apoio no exterior, ninguém tenha ilusões, e não faço esta afirmação por que esteja de posse do segredo dos deuses, mas pelos simples conhecimentos adquiridos ua leitura corronte nos jornais do que se passa lá por fora.

Em Inglaterra ainda há pouco Chani-berlain declarou «que nem os domínios, nem os aliados, neste momento, podem contar com o auxílio daquele país».

«Está fechada a torneira dos empréstimos aos domínios e aos aliados», disse o Ministro inglês.

Mas há mais.

Deve reunir brevemente a Conferência Financeira Internacional, convocada pela Sociedade das Nações, e sempre dentro do meu pensamento, isto é} de que nós somos chamados a resolver exclusivamente com as nossas forças este problema.

Em face, pois. deste facto} que não podemos esquecer no momento histórico que atravessamos, e para a boa solução do problema que nos propomos resolver, se quisermos aparocer ao lado das outras nações que comnosco se bateram na Europa para podermos definir bem os nossos direitos, teremos de proceder como essas nações, teremos de nivelar as nossas receitas com as nossas despesas por fornia

Diárte-da*, Câmara dos Deputados

a conseguirmos, por assim dizer, títulos de direito ao seu convívio, à sua solidariedade.

Ora convêm lembrar que nenhum dos" paises que entrou na guerra deixou de lançar mão de impostos em termos que são desconhecidos iio nosso país; convêm lembrar que em Portugal se ficou numa situação que financeiramente não tem explicação.

O mínimo de impostos que se deveria ter lançado entre nós seria o preciso para cobrir os encargos do empréstimo.

Em Portugal aumentou-se a dívida flutuante e consolidada em cerca- dum milhão de contos; <_ de='de' lançou='lançou' aos='aos' fazer='fazer' resultantes='resultantes' circulação='circulação' se='se' para='para' centavo='centavo' um='um' não='não' passou='passou' tal='tal' encargos='encargos' a='a' fiduciária='fiduciária' e='e' contos='contos' p='p' face='face' tag0:_000='_400:_000' tag1:_000='_80:_000' impostos='impostos' agravamento.='agravamento.' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_400' xmlns:tag1='urn:x-prefix:_80'>

O Sr. Brito Camacho : — Séria interessante que V. Ex.a nos desse a conhecer o pensamento determinante dessa política financeira.

O Orador: — Não me compete a mim fazer a crítica desse facto.

Encontrei-me na situação presente, e é a análise da situação presente que faço.

O certo é que, pelo menos, esse mini^ mo de impostos devia-ter sido lançado. Eu vou, porém, mais longe: entendo que por meio de impostos devíamos ter arrecadado receita para fazer face a certos encargos.

Tenho aqui, e não é demais lê-la, a lista dos impostos novos e antigos, aumentados e revistos, que a França criou e remodelou a partir de 1920.

A França conseguiu, Sr. Presidente, cobrar durante a guerra para cima de 22 biliões de francos; assim conseguiu a França realizar muitas das despesas da guerra com os impostos que ia lançando, e tambôm com eles dalguma maneira fazer face aos impostos que criou, um por cada ano de guerra.

Se passarmos à Inglaterra, encontramos o mesmo; mas neste país, e isso eatá na sua feição democrática, foram os ricos que mais sofreram os encargos da-guerra.'