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Ò Sr. Plínio Silva '(interrompendo]: — Mas isso,'é da competência do Sr. Ministro 'do Comércio .e Comunicações,' tanto mais cjúe S. Bx.a tem úin processo de reorganização.

O Orador(: — Sr. Presidente: eu desejo chamar a atenção de V. Êx.a para a necessidade do se reduzir as despesas, embora algumas pareçam, à primeira vista, que se devem manter e para dizer que aceito todas as propostas neste sentido, sejam elas quais forem:

E com bastante pesar que devo declarar que as propostas de aumento, apresentadas pelo meu colega da pasta do Comércio e Comunicações, só as aceitaria em princípio se isso dependesse de mim apenas; no emtanto S. Ex.a apresenta outras propostas que trazem aumento de receitas, que não são inferiores ao aumento, das despesas.

Tenho dito.

O Sr. Aboim Inglês: —Sr. Presidente: da discussão já alguma cousa aprendi, e esse alguma cousa, é que ainda temos cantoneiros, pois veio úina verba de 1:ÍOO contos destinada a esse iim.

Oxalá que ás esperanças do Sr. Ministro do Comércio è Comunicações não sejam iludidas e que S. Èx.a consiga, com este aumento de 71:000 escudos, lazer com que estes (servidores do Estado, que já estavam nábltiiáclos â não cumprir o seu dever, voltem á prestar b devido serviço. t ^ *

Examinando bem ó orçamento, eu encontrei várias novidades, algumas das quais, as se fôssemos a examinar, levariam ínuíto tempo à discutir. .

Eli compreendo, Sr.\ Presidente, que casa onde não há pão todos p elejam e íiiu-guêm tem razão, mas eu queria que neste artigo do orçamento do Ministério dó Co-ihércib, se não fizessem cortes, pois'qiiantò mais se poupar no Ministério dó Comércio mais se agrava a nossa situação. (Apoiados}. N'ós precisamos, justamente, dúiria política de fomento é dê largo fomento. (Apoiados).

. Precisamos de gastar muito para vàlo-rizarnio? á nossa moeda depreciada. E, se assim é, como se compreende que, corte- \ inòs pèqn.éhás parcelas que são iudisjpen- i sáveis? E uma vêrgõima.

. ^ > i' "•' . .c- x: .' i ,i 'f. '. • •.

Diário da Câmara dos Deputados

jY. Ex.as sabem qiip às capitais dos distritos não estão ligadas umas com as outras, Q è exactamente na verba destinada a pontes que nós vamos cortar 50 contos!

Qoih que critério*?

^Só. porque é preciso reduzir as despesas ? Não devemos fazei* tal. ,

As razões quê expôs ó Sr. Ministro dó bomérció hão me parecem suficientes. Disse S. Ex.a qiie ó motivo deste corto foi qiie nos exercícios anteriores está vertia hão era cómplêtanierite gasta.

'Ora, S. Ex.a sabe ihelnór do quê eu às razões .porquê esta verba não tein, sido gasta. Isso se deve aos vícios dá burocracia, pois < se os orçamentos das .obras não estão actualizados a responsabilidade deve atribuir-se ao desleixo e à incúria das repartições competentes.

Havia onde sê gastassem milhares é milhares dê contos. Eu posso até citar o caso concreto daligação do .Alentejo com o Algarve, a que faltam duas pontes e em que ó orçamento revisto no ano passado tinha 25 anos 'de existência, sem ninguém se preóccupar coin que as pontes estejam ou hão feitas! " Aqui tem V. Ex.a porque não s"s gastavam os 200 contos anuais. .

Cortar 50 contos na verba destinada às pontes parece-mé um corte que a Câmara não deve aceitar, pois com esses 50 con: tos o Estado pode ganhar muitos 50 contos.

Eu não quero referir-me já ao turismo que para mim é ainda uma utopia. Nós temos uma situação excepcional) um clima maravilhoso, paisagens magnificas; mas falta-nos muito para podermos aspirar a sermos um país de turismo:

Não temos, infelizmente, p nosso povo educado^ como na Suíça, França e Noruega, onde o turismo constitui uma receita pública.

Ainda estamos longe disso; mas temos a agricultura, o comércio e a indústria, cuja necessidade de protecção dó Estado é maior do que á do turismo. '{Apoiados}.

Aprovo a proposta do Sr., Ministro do Coipércio de aumentar os 78.000$ pára melhorar a situação dos cantoneiros, pois com isso criaremos autoridade para os pôr na rua quando, porventura, eles não cumpram o seu. dever.

V. Èx.