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Mando para a Mesa uma nota de interpelação ao Sr. Presidente do Ministério e como o assunto é muito grave e importante, eu peço a V. Ex.a para não demorar o prazo que marco nesta interpelação.

O Si*. Gosta Júnior:—Podi a palavra para declarar que a minoria socialista está em oposição liai e franca-ao Governo; mas devo acrescentar que o Governo não nos merece confiança. "O Governo não representa ' para nós a mais pequena confiança e, repito, as considerações feitas nesta Câmara pelo meu amigo e companheiro Sr. José de Almeida; isto é, que nós estamos em oposição franca e liai ao Governo.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Justiça (Ramos Preto): — Pedi a palavra para agradecer ao Sr. António Maria da Silva o apoio que desse lado da Câmara dá ao Governo. Agradeço também ao Sr. António Granjo, Júlio Martins, Cunha Liai, Álvaro de Castro e Costa Júnior as suas declarações francas e liais; é assim que eu entendo e é assim que se poderá defender um homem honesto e liai.

É por esta forma que nós nos havemos de compreender até V. Ex.as chegarem a cooperar com o Governo.

O Sr. Ministro das Finanças responderá ao Sr. Cunha Liai em todos os assuntos que correm pela sua pasta.

Agradeço ao Sr. Álvaro de Castro a

sua nota de interpelação. E sempre bom. {

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O Sr. Ministro das Finanças (Pina Lo- j pés):—Sr. Presidente: pedi a palavra para responder às considerações do Sr. Cunha Liai.

Deseja S. Ex.a que eu o esclareça sobre alguns pontos dos relatórios que precedem as minhas propostas. Acho justo, acho muito natural o desejo de S. Ex.a e procurarei satisfazê-lo logo que me seja possível.

Não posso, no emtanto, responder amanhã a S. Ex.a, mas pode enviar para a Mesa a sua nota de interpelação que eu j me darei habilitado no mais curto prazo de tempo.

S. Ex.a fará as suas preguntas concre- ! tas e eu concretamente lhe responderei. *

Diário àa Câmara dos Deputados

O Sr. Presidente:—Vai ler-se na Mesa a seguinte nota de irterpelação:

Nota de interpelação ao Sr. Presidente do Ministério •

Tendo sido muito vagas as declarações do Sr. Presidente do Ministério desejo urgentemente interpelar S. Ex.a sobre os seus intuitos om política, 'geral è sobre as ideas e soluções concretas com que espera resolver os problemas instantes da nossa vida económica, financeira, colonial e internacional e que as circunstâncias actuais, diversas do que eram há meses, imperiosamente reclamam.

Sala das Sessões, em Junho de 1920.— O Deputado, Álvaro de Castro.

O Sr. Presidente : —Vai entrar-se na generali/ação do debate sobre o relatório da comissão de inquérito parlamentar ao extinto Ministério dos Abastecimentos.

O Sr. Júlio Martins : — Pedi a palavra para explicações, Sr. Presidente, na altura em que o Sr. António Granjo estava fazendo à Câmara a exposição dos motivos qne tinham levado a comissão de inquérito ao extinto Ministério dos Abastecimentos a apresentar o seu relatório e concornitanteinente a sua demissão.

Desde a primeira hora que está marcada a atitude do Grupo Parlamentar Popular em frente da comissão de inquérito. É bom sempre repetir que se esta questão se encontra no pé em que actualmente ,está, à mesma comissão se deve, porque foi ela que pela voz do seu presidente veio trazer à Câmara uma afirmação vaga sobre todos os Deputados desta casa. (Apoiados).

Fique bem expresso isto:

Desde que uma comissão de inquérito, pela voz do seu presidente, vinha lançar essa acusação vaga sobre um Parlamento, o Parlamento rebaixava-so se não intimasse imediatamente essa comissão a explicar-se. (Apoiados).