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tieiw&o de 18 rfe Junho de 1920

conta com o Estado, reentregando as 100:000 libra-s e recebendo do Estado os 800 contos que tinha entregue no Banco de Portugal em 26 de Junho pelas guias n.os 19:644, 19:656, 19:704. . Ficou assim liquidada uma operação de tesouraria que foi iniciada por um meu antecessor.

Em Setembro o mesmo Banco solicitou 200:000 libras para serem restituídas parte em 31 de Outubro e parte em 15 de Novembro ao câmbio do- dia do pedido. Lancei o seguinte despacho:

«Atendendo às informações que obtive sobre remessas de ouro para disponibilidades do Estado em Londres, defiro o pedido ao câmbio de 26 5/g e ao juro ouro 3 23/à2 (desconto do mercado livre).

22-9-1919. — Rego Chaves».

O Banco entrou no Banco de Portugal pela guia n.° 3:489 com a importância do 1:802.816$90 e recebeu o cheque sobre Londres.

Mais tarde foi rectificada a taxa de juro do 3 23/32 para 4 IÍ/\Q e concedi sucessivos adiamentos a pedido do referido Banco e que eram vantajosos: para o Estado, visto que este teria de desembolsar 1:802.816^90; e para a economia nacional, visto que evitava com esses adiamentos a má influência que sobre a taxa cambial exerceria uma compra de 200:000 libras no mercado.

Os juros respectivos atingem proximamente 780 libras por inês e têm sido pagos em ouro.

Em 9 de Dezembro o meu despacho de adiantamento dizia:

«Autorizo, pela última vez, devendo o Banco procurar junto do Conselho í^isca-liz-ador regularizar a sua situação até 15 de Janeiro».

Nesta data, posso garantir, era possível ao Banco regularizar a sua situação, mas o Estado só com dificuldade a saldaria.

No meu procedimento houve uma inovação : o pagamento do juro ouro de 4 4í/i6.

Era por esta forma vantajosa a cedência para o Estado, mas mesmo nas condições em que o meu antecessor a fez, a operação é justa, legal o honesta.

Quando íalo no meu antecessor não quero distribuir-lho qualquer cota parte do responsabilidade, pois arrogo para mim

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toda a responsabilidade destas operações de oportunidade e de que' só pode ser árbitro o Ministro que estava gerindo as finanças públicas, embora e país depois o julgue.

Em 13 de Outubro um outro Banco solicitou 100:000 libras que eu cedi ao câmbio de 27 '/g e juro de 4 Id/i6 entrando o Banco, pelas guias n.os 4:627 e 4:691, no Banco de Portugal com a importância de 884.792^62.

Concedi depois vários adiamentos, e os juros ouro respectivos de proximamente 380 libras por mGs têm sido pontualmente pagos.

'Em 14 de Outubro dois Bancos solicitaram, respectivamente, 30:000 libras e 100:000 libras que cedi ao câmbio de 27 3/4 e juro de 4 II/M.

Os Bancos entraram no Banco de Portugal, pelas guias n.os 4:686 e 4:685, respectivamente, com 259.459^46 e 864.864086.

Vários adiamentos concedi a estos Bancos e os juros ouro respectivos tCm dado entrada nos cofres do Estado.

Estas operações, que ainda estão em-yigência, correspondem, pois, a 430:000 libras que foram vendidas ao câmbio do dia em que foram entregues aos Bancos, que vencem o juro de 4 dl/i6 ouro, e que serão reentregues ao Estado pelo mesmo preço por que foram vendidas.

<íOnde que='que' de='de' a='a' e='e' tag1:_000='_200:_000' em='em' compram='compram' dos='dos' tag2:_000='_30:_000' contado='contado' p='p' falência='falência' escudos='escudos' está='está' pagam='pagam' tag0:_000='_100:_000' bancos='bancos' libras='libras' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_100' xmlns:tag1='urn:x-prefix:_200' xmlns:tag2='urn:x-prefix:_30'>

Estas operações apenas traduzem que por parte do Ministério das Finanças havia sérias apreensões com a situação cambial e que os Bancos mantinham, embora no seu negócio, as melhores relações com o Estado e mais decidida boa vontade em não afectar o mercado com grandes compras de libras o que era contrário ao meu critério de então.

Por meu lado, desculpem V. Ex.as que seja eu que o diga, só tenho de salientar que sempre previ a nossa actual situação cambial e que pela forma como conduzi estas operações interessei mais de- um Banco na melhoria dessa situação, pois que só com a melhoria do câmbio os Bancos ao reentregarem as libras não perderiam algumas centenas de escudos.