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a Câmara sanciona aquele inconcebível procedimento. Tenho dito.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Sr.' Presidente: não dou o meu voto à emenda do Sr. Plínio Silva porque entendo que ela em nada resolve a questão, e pelo contrário, o contrà-pro-jecto apresentado pela comissão do Regimento se não resolve toda a questão vem iriè'1horá-la em parte.

Tenho dito.

Lê-se na Mesa a emenda do Sr. Plínio Silva, que foi rejeitada.

São lidos e aprovados os artigos 2.°, ò'.0\t4.°'e õ.° do projecto da comissão.

E aprovado o artigo 6.°.

-O Sr. Cutóha LM,: — Sr. Presidente : a propósito da discussão travada aqui sobre o relatório que precede a segunda série das propostas do Sr. Ministro das Finanças prolongaram-se as discussões, e lá fora apareceu Lá dias nos jornais unia carta assinada pelo Director Geral da Fazenda Pública contrariando afirmações feitas .nesta casa de Parlamento.

Dizia-se que à Direcção Geral da Fa-zcaida Pública nenhuma responsabilidade cabia pelo facto de terem aparecido números -errados no relatório, lavando as mãos o Sr. Director Geral da Fazenda Pública, que dizia que nenhum número errado tinha fornecido ao Sr. Ministro das Finanças.

No dia 17 -áQ Junho de 1920, dois dias antes, saía publicada urnfy carta do" Director Geral da Fazenda Pública.

Por esta nota vej-o o^segumte: precisamente no mesmo cita em que o 'Sr. Ministro das Finanças, chamado à pressa por raira, mandava publicar a rectificação no Diário do Governo, mandava publicar em a-pêndice no 'Diário do Governo os mes-í nios números errados o Sr. director geral da fazenda pública.

Chamo a atenção da Câmara para este facto, que é curioso...

O Sr. Velhinho Correia: — Com uma diferença : ó que as folhas apresentadas aqui como rectificação já estavam prontas ha-> via quatro dias.

O Orador:—Tirarei as conclusões do< facto em face do que diz o relatório:

Diário da Câmara dos Deputados

O Ministério das' Finanças, por intermédio da Direcção Geral da Fazenda Pública, refere-se a 166'.GOO contos. Exactamente como estava no relatório ,que precede a soguçtda série das propostas do Sr. Ministro das Finanças.

Continuavam a dar-se os mesmos erros, ao passo que o Sr. Ministro das Finanças mandava, por intermédio duma das Direcções Gerais, rectificar os números, a Direcção Geral da Fazenda Pública continuava a publicá-los errados, referidos a. l ^de Junho de 1919.

Chamo, portanto, a atenção da Câmara.

As cousas não jogam certas dentro do Ministério das Finanças.

,; Como é que sendo os números rectificados, nesse mesmo dia a Direcção Geral os mandou errados para a Imprensa Nacional ?

E verdade que os documentos assinados pelo Sr. Alberto Xavier têm a data anterior do momento em que os documentos foram para a Imprensa Nacional.

Mas é preciso não esquecer que o Sr. • Ministro das Finanças havia sido posto no j rasto do erro, e afirmo aqui que mandei | rectificar esse erro.

í j A Direcção Geral, porém, mandou publicar os números errados!

O que era natural era que a Direcção ! Gorai tivesse sustado a publicação. Foram, porém, publicados.

Nos jornais vem uma carta em que se refutam as nossas afirmações, e repta o Sr. Ministro das Finanças a provar que os números são errados.

A contabilidade tem também as suas responsabilidades máximas, procedentes de erros mandados pela Direcção Geral da Fazenda Pública.

Não acuso pessoas, acuso entidades. (Apoiados).

O Srro não provêm só da época, em que está director geral o Sr. Alberto Xn-vior, Ein 1918 já eles existiam.

Continuam a. correr mal os negócios do Ministério das Finanças.

Continua, cada, uma das Direcções Gerais a não saber da outra. «

Os dados são errados.