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O Sr. Júlio Martins (sobre o modo de votar}: — Sr. Presidente: a meu ver a Camará não fica mal e, pelo contrário, mantêm os verdadeiros princípios constitucionais e patrióticos aprovando a doutrina consignada na prdposla apresentada pelo meu ilustre correligionário e amigo Si*. Manuel José da Silva.

Nós não curamos tieste momento de saber se o Parlamento quererá ou não respeitar a Convenção comercial com a França e que foi considerada ruinosa para os interesses de Portugal.

O Parlamento pode sancionar essa Convenção nos termos consitueionais, manter toda a sua doutrina e dar uma espécie de bill de indemnidade ao Si. Mi-' nistro dos Negócios Estrangeiros, que deve responder nesta Câmara pe*la atribuição com que se arrogou, lançando o País numa situação desastrosa Com a boutade que fez e que devia causar a mais triste impressão lá fora.

É bom que esja Comrenç;ão venha ao Parlamento a fim de se saber o que é que a França entrega a Portugal em troca de 5:000 hectolitros de vinho.

O pa.pã,o internacional aparece-nos sempre para nos tapar a boca, mas isso de nada vale, pois s'ó nos dignificaremos e mostramos a nossa virilidade reclamando qiie o Parlamento aprecie as bases da 'Convenção. Só assim mostraremos que 'Portugal, embora País deficitário, não põe ainda a cabeça debaixo do cutelo de quem quere que seja. (Muitos apoiados). O orador não reviu.

O Sr. Leio Portela: — Sr. Presidente: o decreto publicado é absolutamente inconstitucional, visto que a respectiva Convenção não pode ter força emquanto não for sancionada pelo Parlamento, e assim é necessário, para dignidade do próprio Parlamento, que ela seja trazida a esta casa pára ser discutida e votada, ressalvando assim as prerrogativas do Parlamento, já que nessa Convenção se não reconheceram os interesses do País;

A. troco de 1:000 pipas de vinho que a França concede que sejam exportadas, ó Governo Português concede todas as facilidades para a importação dos produtos dessa nação-*

Bastaria dizer à Câmara qual tem sido a produção do Douro para lhe mostrar

' DiáHò da Câtòáta 'dói Deputado

qiie essas 1:000 pipas nada repfésentaíu para à gráilde qtmtitídade qhe seria de conveniência para o nosso País expoi'tãr.

Eu sou Deputado eleito pela região; do Douro e cabe-me o dever de levantar a íninha voz no Parlamento para protestar contra á forma coitiO essa Convenção fòl realizada, visto ' que os interesses dd Doliro não foram devidamente acautela" dos. (Apoiados).

Neste momento só se trata de discutir a inconstitueiOnalidade dessa Convenção"; qUe não teín força emquanto aqui hão for votada, e nesse sentido mando pára a Mesa uma proposta que pode ser considerada tuna questão p'révia,

O Sr. Prfeâidehteí—Não posso aceitar á proposta de V. Ex.a porque o que está em .'votação é simplesmente a Urgência e dispensa do Regimento para a admissão da proposta que foi apresentada.

Apartes.

Protestos.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: não posso deixar de mostrar a alegria que senti ao ver que o Sr. Cunha Liai, que foi obrigado a estar fora do País, trouxe a autoridade bastante para poder afirmar que esse papão, que outrora fazia recear que Portugal podia ser esmagado, deve desaparecer de vez para sempre e que Portugal tem de libertar-se de tais preconceitos se quiser viver Uma vida inteiramente livre, e assim devemos pôr' estas questões, no seu devido pé, e quando enviamos lá fora indivíduos para tratar questões de interesse nacional nós devemos, em primeiro lugar; defender os interesses do País, não nos amedrontando com esses papões.

Quero apresentar ao conhecimento da Câmara um facto, cujos documentos lastimo nffo ter aqui presentes agora, para que bem se avalie como somos por vezes tratados.