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Sessão de 28 de Junho de 1920

à liberdade que se demonstra em todos os tempos.

Sou dos que admiram a França como mãe intelectual de todos nós, e por ter incendiado com o facho da liberdade o mundo, e à luz do qual se agasalharam naco1 es inteiras.

Mas, do momento em que ora preciso defender o património desta terra, os interesses nacionais, era bom que os homens que representavam o Poder Executivo, ao ir tratar de assunto do tanta monta, dissessem ao Parlamento da República, para quô lhes consentisse tratarem desses assuntos, ou às comissões dos estrangeiros que eram obrigadas a saber dos assuntos que iam tratar-se; ou então, ainda, saber se o Parlamento não dava assentimento sem conhecer essa convenção.

^ Então eu pelo facto de a França ser país amigo, pelo facto de ter-se batido com Portugal, pelo facto de ser um país que ilumina o mundo pela liberdade e intelectualidade, tenho só o direito, como representante do Parlamento de me calar ? (Apoiados).

i Então eu, como representante da Nação', tendo lugar no Parlamento não tenho o direito de dizer que essa convenção é ruinosa? (Apoiados).

Em que é que esta Câmara vai de encontro, às praxes diplomáticas, para com os países na defesa dos seus interesses?

Não vejo no regime de publicidade da República, razão para que fiquemos amarrados. O Parlamento tem razão, o todos no-Ia dão lá fora, aqueles que dentro do seu país querem saber como os governos do seu país foram representados e dignificados lá fora pelos seus representantes. (Apoiados).

Não, Sr. Presidente. É bom que a nossa diplomacia seja discutida ehá-dosê-lo.

Não há da parte do Grupo Popular nada que nos intimide.

As complicações internacionais poderão ser evitadas.

A época dos diplomatas bem trajados e com funções majestáticas, passam à história. Todo o mundo encarou essas funções pelo lado prático, pelo lado comercial, o pelo lado das competêncios.

Sendo assim ou tenho esta fórmula : Li a declaração, ministerial, e ó certo que ela é vaga em muitos pontos, mas, nós sabemos o que são declarações ministeriais.

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Espero os actos do Governo; ele vai concretizar a situação.

Dizia o Sr. Antón:o Granjo: Este Governo, não é um Governo de estadistas, e não representa os interesses das forças vivas. S. Ex.a o afirmou, S. Jiix.a o negou. O Governo para mini representa a única possibilidade de se poder constituir um governo constitucional, no momento que atravessamos.

Emquauto estivermos convencidos de que ele representa as aspirações da Nação, que traz pontos concretos e defeni-dos, estaremos a sustentá-lo; porem, no dia em que nos convencermos do que ele não representa as aspirações do País, com o mesmo desassombro, dir-lhe hemos; vá-se embora, porque não corresponde às aspirações da República.

Tenho dito.

O Sr. Mesquita Carvalho: — Sr. Presidente: são poucas as palavras que tenho a proferir por parte dos Deputados que represento, e da minha parte serão elas intencionalmente muito singelas, porque não lhes quero juntar qualquer espécie de paixão ou de verrina, que neste momento julgo inteiramente inoportunas e descabidas.

Dirigimos ao Governo os nossos cumprimentos e saudações, desejando-lhe um a vida fácil e serena, para que possa facilmente estudar e resolver os problemas mais instantes que nos assoberbam, de modo a prestar relevantes serviços à República, que resultarão em benefício de todo o País e de todos nós. Estes desejos são da nossa parte sinceros, tanto mais que eles estão de perfeita harmonia com os propósitos que manifestamos e com a atitude que assumimos, desde que a criso política se manifestou, e que inalterável-mente mantivemos até a sua resolução ii-nal.