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de dificuldade, nem negaríamos o nosso apoio e a nossa coadjuvação, àquela combinação a quõ os partidos pudessem' chegar e julgassem a melhor, quer ela viesse da esquerda oa da direita, contanto que satisfizesse a três reqnèsitos que reputamos essenciais e indispensáveis. O primeiro era ter condições de -viabilidade constitucional e parlamentar; o secundo era que o seu programa e sua, finalidade goveraatrva se dirigissem especialmente a procurar resolver o problema nacional, no sen aspecto económico financeiro o no seu aspecto de sufosistências públicas e Cíxrestia da vida; .e o terceiro,finalmente, era que êsso Governo se não procurasse servir da ocasião., do ensejo e da, coadju-vação que lhe dissemos, para procurar fazer política partidária, parcial, violenta e sectarista, dando-nos a todos, —e quando digo todos, não me refiro só a nós Deputados independentes, mas a todos os partidos e ao País inteiro, — a segurança clara de que assim não procedejia.

A este pensamento fundamental obedeceu a organização d© actual Ministério, e não há dúvida, pela sua, composição, que Ale lhe corresponde plenamente. Pois isso mesmo, demos para o Ministério também a nossa cota parte, estando lá dois Ministros come nossos delegados eup competência nas pastas que ocupam ninguém ousou e ousará pôr -em dúvida, e escolhidos de acordo com todos os parlamentares independentes que estiveram e assistiram a uma reunião celebrada neste próprio edifício.

Sr. Presidente: fiel à promessa que fiz ao iniciar estas considerações, eu nada mais quero neste iwm-ento .dizer a respeito dos dois Ministros representantes dos Deputodos independentes agrupados, porque não quero, repito mais -uma vez, por minha parte lançar neste debate qualquer nota irritante, mas, só for preciso, um dia se

Sendo assim, Sr. Presidente, emqomnto o actual Governo não se afastar da linha de conduta que representa a sua organização, e que está para nós mais ou menos assegurada na declaração que trouxe a este Parlamento, e que deve representar por sua parte um compromisso de honra, pode o Governo contar com a nossa dedicada e liai colaboração em todas

Diário da Câmara dos Deputados

as medidas que julgar necessárias para a realização do seu programa, e pode contar também com o nosso firme e franco apoio em todas as circunstâncias que dele carecer.

E por hoje, e de propósito, não digo mais nada.

O Sr. Cunha Liai:—Sr. Presidente: estamos todos a discutir como bons e sólidos, republicanos", na frase modelar do Sr. Álvaro de Castro.

Somos todos bons e sólidos republicanos, queremos o bem da República, queremos pugnar pela sua perfeição, somos capazes do pôr todas as nossas energias ao serviço da República e da Pátria^ simplesmente, ou porque estejamos nós cegos ou porque os outros não queiram ver. o caminho que cada um de nós segue para bem servir a Pátria e a República é diferente; uns querem trilhar um caminho e outros querem trilhar outro, e na-vida económica portuguesa, a pouco e pouco, essa diferenciação se acentua cada vez mais.

Sr. Presidente: se não fossem os erros de critério, as diferenciações de critério, parece n-ue era este o momento do estarmos todos de acordo. Disse o Sr. António Graujo que há no Ministério homens que estio chegados às chamadas forças viras, há homens das direitas, há Jho-nicns das esquerdas-; parece que não tendo sido fdnda posta em causa a sua competência, devíamos todos dar as mãos o dizer que estávamos todos do acordo, como 'decerto diria o ST. Bernàrdino Machado se a-qui estivesse. Eu, por mim, es-ton satisfeito; não estaria só o Sr. António Maria da Silva dissesse que o Ministério nSo era das esquerdas. Mas, como essa hipótese é inverosímil, sinto-me satisfeito com a constituição do Ministério.

Disse o Sr. António Granjo que o Ministério não é todo constituído por homens Ha esquerda; creio ser is&o um motivo de satisfação para S. Ex.-a, porque assim tem a certeza de que os homens das direitas que ali se encontram na altura em que os homens das esquerdas queiram lançar o país para o abismo, taj não consentirão.