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II

já em arroz tal não sucede, porquanto •em 1913 nós importámos 33:633 toneladas e ern 1919, importámos 19:689, isto •é, quási metade do arroz que importávamos.

A política dos Ministros das Finanças e da Agricultura tem sido de restringir •cada vez mais a alimentação pública e de restringir cada vez mais a produção nacional, mas, Sr. Presidente, nós não podemos economizar mais do que economizamos, porque só não, acabamos por morrer todos.

Eu desejaria, também, que o Sr. Ministro' das Finanças nos dissesse qual é o montaate dos depósitos existentes -em Bancos, casas bancárias e instituições de beneficência.

Eu tenho uma nota desses depósitos, que é, a que consta do relatório da segunda série das propostas do Sr. Ministro das Finanças, mas isso é pouco para jnim.

Desejaria, igualmente, saber qual a «existência de valores em caixa, nos diferentes Bancos e casas bancárias, porque isso ó importante para sabermos a orientação ' geral da vida económica da nação.

Sr. Presidente: também para podermos regular, não só o montante dos emprésti-•mos internos como até a própria legislação, nós precisamos saber quais os valores da nossa praça nas praças estrangeiras. '

Se há alguma proposta em que tenhamos uma situação fcivorável em que o Justado possa concorrer aos' mercados externos.

Desejava também que V. Ex.a me dissesse qual é a relação que'existe entre o déficit orçamental e o déficit da balança económica.

Na Direcção de Estatística muito se tem feito, e mais não' é possível fazer-só com 40 homens. Na comparação que está feita entre o número de exportação e o número de importação, vemos o seguinte:

Leu.

Bacalhau a $70. Trigo a $17.

Continua- lendo.

Seria bom talvez ver a maneira como só procede com a Alfândega.

Jíi preciso proceder por forma que as estatísticas das Alfândegas possam dar o «stadc exacto da balança económica, que eto calculo ser enorme»

Atendendo mesmo ao próprio valor do ouro.

Nestas condições o déficit da balança deve ser muito maior que antes da guerra.

V. Ex..a, corno 'presidente do conselho fiscalizador dos câmbios, pode dizer qual a situação exacta da praça de Lisboa.

Uma outra cousa que desejava que V. Ex.a dissesse era qual; o total das contribuições a pagar e às câmaras municipais.

Nós necessitamos saber quanto paga o contribuinte, qual é o rendimento da. nação e qual ó a relação que existe entre .a fortuna pública e a nossa dívida.

Sem esses elementos não podemos saber até onde podemos esticar a corda, como se costuma dizer.

Apresentadas estas ideas fica clara a situação .do país e então será ocasião de S. Ex.a dizer qual a sua política.

Eu ouvi da boca do Sr. Granjo e depois tive o cuidado de ler na declaração ministerial, que se ia lançar um impo&to no rendimento.

O Sr. Ministro das Finanças (Inoeêncio Camacho) (intewòmpendo): —Impostos, não é um só.

O Orador: — O imposto inglês foi considerado um imposto dividido em cédulas e não pode ser chamado um só imposto, e tem diferentes formas.

O que é facto é que necessitamos, saber as contribuições com que podemos contar para a reorganização da vida económica da nação.

Precisamos saber os recursos com que pode contar o Sr. Ministro das Finanças, e depois onde vai procurar receitas.

S. Ex.a tem de pensar se deve de preferência recorrer ao imposto indirecto ou ao imposto directo.

Esta pregunta não é estéril. • "

Uns, o que querem ó que paguem as' classes pobres, outros as ricas.

Precisamos saber quais S. Ex.a vai de preferência taxar e se admite o ponto de vista bolchevista da proposta do Sr. Sá Cardoso, sobre o direito das sucessões, porque estabelecer esse princípio era dar a primeira machadada na sociedade capitalista da nação.