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Sessão (de $8 âe Julho <ât p='p' _990='_990'>

Toda a legislação Latina sobre .câmbios é., como a nossa, confusa e -complicada.

Recordo-me que certo dia fui chamado p.ek> Sr. Rego Chaves qu-e, na presença do Sr. António Fonseca, me mostrou um projecto sobre câmbios ; li-o e desde logro reconheci que alguns pontos iam -encontrar relutância forte; e alvitrei que talvez fosse conveniente preparar -a saída para o futuro. Modificou-se ligeiramente o projecto, e o decreto foi publicado.

Um dos pontos -frisados pelo Sr. Canh-a Liai ibi 'este-: depositar no Banoo do Portugal 50 por cento do produto de exportação. Lembro a S. Ex.a que no tempo do Sr. Sidónio Pais foi publicado no Diário ãe G-Qvêrno ura. decreto análogo, tendo eu dito -ao então Secretário de Estado que a aplicação das suas disposições nSo demoraria imas que três dias, por reconhecer inviável o decreto.

íT 'assim sucedia. Ao fim de dois dias as disposições do decreto eram suspensas. Porquê? Por que eram inadaptáveis aos hcibitos ca nossa-praça.

Mal sabem V. 'Ex.us as relutâncias que se encontram na praça de Lisboa para se obter a mais pequena .cousa!

NHo é fácil lutar .contra classes .organizadas. Basta recordar a atitude tomada pelas associações comerciais -G industriais, e .ainda pelas classes d

Preconizei então que seria melhor procurar uma conciliação com os interessados, não perdendo o .p.onto de vista de obter com certeza que 0 o u no não ficasse lá fora, mas nos bancos portugueses. É que en tenho a certeza, por uma grande observação, que uma grande parte do produto ouro da exportação, desde o ano de 1918 para cá, não. teni voltado a Portugal, ficando ou depositado em bancos estrangeiros, ou tem sido empregado na aquisição de múltiplos e variados objectos,, às vezes os mais- extravagantes.f

Eu sei âam algarvio que. lendo expor-

tado aproximadamente três milhões tifo-pesetas em sardinha, -em vez de trazer esse dinheiro para cá, foi eus pregá-lo numa multidão 4e objectos

Comprou, por exemplo, milhares de cabeças de bonecos sem olhos -e outros tantos milhares de -olhos para os miremos" comprou três milhões de gaitinhas eomt lâmina vibrante, e certamente que €>s-se-hoijiem devia ter ganho rios de dinheiro..

Kão foi «é este homem qiie as-s-iai «procedia, foram inúmeros -comer-ciantes, |>r-iTT-cipalmente milicianos. Cito este ea-so, qm>. explica dalguma maneira a situação bial sem ser preciso -recorrer a de -filosofia ÍOT.I compêndios do Mas há factos dev-cr-as interessantes. Assim, um outro miliciano conseguiu" exportar certo p.r-od'ufo. Lá'fora comprou uiit certo licor — nuo 'digo "o nome para riuo dizerem qaie estou a reclamá-lo—m-as naquela altura publicou-se um decreto restringindo a importação dessas bebidas. Pois essa criatura teve a sorte-de poder realizar o seguinte: alcançar os respectivos documentos, sair de Paris 110 comboio da tarde, apanhar o rápido de Madrid exactamente n;o dia em" quo

Se o ouro tivesse entrado em Portugal nunca os câmbios teriam chegado à depressão a que .chegaram. Abriu-se um buraco — permita-se-me a expressão — que só passados cinco anos poderá sor tapado.

Foi por duas vezes já que eu'ouvi o Sr. Cunha Liai referir-se à íalta do relatório que, com efeito, o decreto do 2 de Dezembro-anunciava. Mal sabe S. Ex.* q cuid-cido que eu tenho tido para que esse relatório se possa produzir; tenho tido o> maior desejo em fornecer todos oseloir.cn-tos necessários para esse fim; mas fiquo S. Ex.a sabendo: a obtenção desses elementos não é tam fácil como S. Ex.* julga, em virtude da relutância que se encontra da parte das entidades que os podem fornecer.