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Diário da Câmara dos Deputados

Mas mão pôde continuar, não se manteve.

Estava em Londres onde também ouvi censuras à maneira como em Portugal se tratavam os contratos.

Defendi como pude o país ...

O Sr. Júlio Martins:—Respeito essa teoria.

Mas dentro deste Parlamento o contrato sobre oleaginosas foi deitado a baixo por pedido das forças vivas da nação.

O Sr. António Maria da Silva:—De algumas forças vivas, não todas; e não era um contrato.

O Orador: — Contra a fome não se resiste. E preciso evitar a fuga.

O Sr. Amaral Reis: — Como governador geral de Angola enviei muitos telegramas, em que dizia que a colónia de Angola podia produzir determinados géneros para acudir às necessidades da metrópole que julgava gravíssimas.

Mandaram-me dizer que propusesse dentistas e o Atras cousas assim.

Havemos de continuar na mesma, por incompetência da maior parte das pessoas.

O Orador: — O que parece é que há desordem.

Há quem tenha feito vários estudos, .mas vêm para aqui, não tem estabilidade.

V. Ex.ai são todos ÍLteressados neste problema.

Quanto ao déficit quando tiver elementos para poder informar a Câmara, os trarei.

Quanto à dívida interna está até 1919.

Vou trabalhar- para que essas contas sejam publicadas, pondo-as em dia.

Preguntou ainda S. Ex.a quais são os débitos da praça às praças estrangeiras.

Não é muito fácil responder a essa pre-gun^a, mas em todo o caso, direi a V. Ex.a que se fosse possível dispor de três •milhões de libras para o. comércio ele liquidaria inteiramente a sua situação em Londrc s.

Em relação aos. empréstimos V. Ex. -s .be que as grandes operações não são para agora; tenho até a impressão de que

se neste instante quiséssemos fazer uni empréstimo resultaria um fiasco. Preparadas, porêni. as cousas com um pouco de tranquilidade e um pouco de fornecimento de subsistências estou crente que a situação se modificará.

Se puder, se tiver tempo, se as condições de estabilidade o sossego me permitirem, garanto fazer um empréstimo interno duma maneira particular.

Graças a -unias conferências, a nossa situação melhorou.

É bom aproveitar tudo quanto venha de Londres.

Não são aqueles biliões que se pediram ao governo dos alemães,, mas alguma cousa há-de vir, mas tem de ser apro-veitada, logo; é assim de de lá nos dizem. E, portanto, preciso não perder tempo, de forma que em meados de Setembro estejamos em condições de fazer alguma cousa lá fora.

Peço desculpa de -não manter a forma clássica, mas fiz toda a diligência para responder a um homem que eu considero muito inteligente, e que me fez preguntas que não eram disparatadas; a algumas, V. Ex.as sabem bem que não é possível responder.

Agradeço a atenção com que todos me escutaram.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra quando o orador haja. devolvido as notas taquigrâficas.

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.0 Sr. Cunha Liai: — Sr. Presidente: tenho de agradecer em primeiro lugar ao Sr. Ministro das Finanças a sua gentileza das boas palavras de amigo com que começou. No tom risonho que o caso requero, eu direi a S. Ex.a que não concordo com a tal falta de método que S. Ex.a viu na minha exposição.

E possível que por eu ter sido discípulo de S. Ex.a, algumas faltas de método ?e me tenham pegado.

Direi, todavia, que, aparte essas pequeninas faltas de método, eu fui lógico.

Tive mesmo aquela lógica que em absoluto falta à exposição de S. Ex.a