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S696ÕO de 28 de Julho de 1920

julgo indispensáveis, principalmente .aquelas que mais podem influir no equilíbrio orçamental.

Como a Câmara compreende, isto não pode ir dum jacto, tem de ir a pouco e pouco; é necessário dar a essa proposta uma certa ordem.

Sob o ponto de vista das subsistências, é certo que esse problema está intimamente ligado ao problema financeiro.

Se não liouver dinheiro não temos que comer, e se não comermos não podemos sequer filosofar.

O nosso problema económico e financeiro há-de ser resolvido lançando-se mão de todos os nossos .grandes recursos.

Mas há soluções ? podem pregnntar.

Sim senhor, há soluções, porque não estão esgotados os recursos do país. (Apoiados).

Quanto ao pessoal, eu não acredito que se possa comprimir, â não ser que os funcionários morram por alguma epidemia nos Ministérios. E não acredito, porque aqueles que apregoam essa compressão só se lembram dela até à primeira carta que escrevem a servir de empenho para um afilhado (Risos).

Eu não acredito, portanto, nessa decantada reducão das despesas em relação ao pessoal.

O Sr. Paiva Gomes: — Mas é viável.

O Orador: — Mas eu não acredito senão em,factos. ' -

O Sr. Paiva Gomes : — Cumpra-se a lei. -

O Orador:—Mas, --entretanto, os que existem -lá ficam, e a .esses «.tem de se lhes pagar.

Por-consequência,

A ,dos trigos, por exemplo, que e.u penso que não se dove manter mala tempo, visto que não compreendo como aqui em -Lisboa e rm Porto se estd ^Gincudo o^pão deáesíáyel que obtemos, .obrigando outras terras

O Sr. João Gonçalves: — Era esse o nosso critério!

O Orador: — Muito folgo em estarmos odos de acordo, porque mais fácil será u tarefa do Governo (Apoiados}.

O Sr. António Maria da Silva:—Mas era essa a nossa idea, mesmo por uma razão elementar: é que não há dinheiro para ..comprar trigo, neni carvão para o ir buscar.

O Orador : — Tenho de obter trigo mas para isso tenho de separar a moagem da panificação.

Preciso ter essa arma na mão.

Isto que digo aqui, digo-o amanhã em Conselho de Ministros com a mesma sinceridade.

Este é o meu modo de ver.

As cousas ainda se podem modificar para melhor mas é nècess-ário separar a moagem da panificação -de modo a elia ganhar menos e o Estado perder inenos.

Penso que isto é possível seni ser necessário, como já disse, o emprôgo da guarda republicana.

Sobre' os caminhos de ferro africanos sei o que seria necessário fazer. . .

- O ;Sr.-Amarai "Reis-:—Sem dinheiro é que não se pode fazer cousa alguma.

• "Aproveite a «oportunwlad/e-para pregun-ta-r se o Governo está resolvido a fazer pagar alguma cou-sa aos grandes agricultores, sobretudo -tios da colónia de S. Tomé, que segundo se diz, tiveram um rendimento de 100:000 contos.

.Andamos a ratinhamos grandes rendimentos ... - - •

O Orador: —As -subsistências considero ^u o Aponto capital.

Temos de importar muitas • toneladas por dia. -

Devemos deixar de importar, e criar muitas toneladas de -qn© temos nosessi-dade.