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Diário da Câmara dos Deputados

cultura que passou por aquelas cadeiras, só tenho a dizer que esse homem tinha na sua pasta para publicar, se estivesse estado ali até agora, a redução dos quadros do Ministério.

Esse homem tevo a coragem de dizer que havia do fazer economias.

Não estou arrependido do quo fiz.

Já v 6 o Sr. João Gonçalves,' meu ilustre colega e amigo, que não estamos em oposição.

Tive a infelicidade de estar lá mais tempo o nos cem dias que lá estive fiz alguma cousa.

Tive convite para esse almoço de Vila Franca, mas não pude comparecer.

Tinha eu profetizado que a estas horas se deveria estar a realizar a segunda prova de condução de máquinas em terrenos do Alentejo impraticáveis para a charrua.

• Tinha proposto o Sr. Plínio o Silva para se encarregar disso, mas não quis por excesso de honestidade.

Arrotear-se-ia a charneca para a cultura, obtendo-se assim alguns milhares de terreno».

A lavoura em Portugal não só precisa de adubos baratos.

Mas são precisos transportes, o lia necessidade de fazer muitas estradas para caminhos de ferro. .

Tenho tratado da parte interessante, visto estar-se na hora de averiguar rés-ponsabilidades.

No Ministério do Sr. Sá Cardoso, o Ministro da Agricultura, Sr. Lima Alves, tinha disposto que o adubo viesse para Portugal por meio de permis, e pelo Ministério dos Estrangeiros foram passados permis para as três- empresas produtoras de superfosfatos. Mas duas dessas empresas protestaram que nunca tinham recebido o permis, de forma que só a União Fabril o recebeu e para cinco toneladas de adubos.

O Sr. Joaquim Ribeiro, porém, suce-dendo-so na pasta da Agricultura, foi para o Governo, e desconhecendo o que havia sobre adubos, resolveu quo o Estado é que devia comprar o adubo por sua conta, o quo deu em resultado não aparecer adubo nenhum.

Fui eu, e vi-me embaraçado e aflito, sem adubo, no meio de toda a confusão. Quis saber quem era o culpado de não

haver adubo, em Portugal, e chamei, por isso, a União-Fabril. Esto empresa respondeu-me que, apesar de ter permis para cinco mil toneladas, não se tinha servido dele, porque, segundo a resolução de um Ministro da República, estava à espera que o Estado o importasse.

Fiz depois todos os possíveis, mas não consegui mais de três mil e tal toneladas que me chegaram cm Maio, por uni barco que já andava em viagem quando fui para o Ministério, e que regressava da Tunísia, segundo creio. Knt2o peguei nesse adubo e entreguei-o a uma empresa, para quem o Estado estava em débito.

O Sr. Aboim Inglês. —«;V. Ex.a pode dizer-me as razões porque o barco, a que se referiu, andou tanto tempo em viagem ?

O Orador : — Não sei; quando entrei para o Ministério já o barco estava a navegar.

O Sr. Eduardo Sousa : — <_ norte='norte' referiu='referiu' que='que' de='de' foi='foi' andar='andar' fazer='fazer' do='do' por='por' se='se' mesmo='mesmo' para='para' portos='portos' diversos='diversos' mas='mas' _='_' a='a' e='e' adubos='adubos' apreendido='apreendido' _.='_.' o='o' p='p' século='século' transportes='transportes' seria='seria' da='da' áfrica='áfrica'>

O Orador: — Desconheço.

Mas fui depois à União Fabril, para que mandasse vir o fosfato, e ordenei que se fizesse um inquérito sobre o que havia a respeito do fosfates por sua parte.

Em vista do que se apurou, e de que V. Ex.a acabou de se inteirar,

Deixei essa nota para fechar. Eram 78 toneladas.

Mas o interessante é que me consta que a União Fabril recebeu adubo; o não o tem entregado porque a lavoura o não tem querido aceitar.